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Política Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025, 13:21 - A | A

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GUERRA COMERCIAL

Presidente da Aprosoja MT diz que tarifaço não afeta agro, mas novas sanções podem trazer prejuízos

Lucas Costa Beber pontuou que neste primeiro momento Trumo não tributou os combustíveis, aliviando a operação do transporte de soja e milho

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Lucas Costa Beber, disse ao HNT que a cadeia produtiva que a entidade representa não será afetada neste primeiro momento pelo tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump. Porém, Costa Beber alertou que é necessário um esforço do presidente Lula (PT) para pacificar a guerra comercial com os Estados Unidos (EUA) para que novas sanções não sejam promovidas contra o Brasil, o que poderia render prejuízos ao setor da soja e do milho. 

Lucas explicou que ao decidir não tributar os combustíveis, Trump trouxe alívio aos produtores mato-grossenses que dependem, principalmente, do diesel para operar os máquinários nas propriedades e transportar os graõs. O presidente da Aprosoja ainda ressaltou que o Brasil ainda não é um forte gerador de tecnologia voltada ao agro, dependendo do que é desenvolvido nos EUA. 

LEIA MAIS: Dia do tarifaço de 50% chega com Lula e Trump ainda sem diálogo

"Para nós da soja e do milho, não vai afetar muito. O que nos preocupa é o nosso governo continuar batendo, brigando com a economia que detém um terço da riqueza mundial, que é os Estados Unidos, ou seja, é uma briga que jamais nós vamos vencer e toda a nossa tecnologia de agricultura, todos os sistemas que o nosso Brasil usa é dependente dos Estados Unidos", falou Lucas Costa Beber nesta quarta-feira (6) na abertura do V Simpósio Técnico da Aprosoja MT no Cennarium Rural, em Cuiabá. 

Costa Beber destacou que Trump ameaça escalar as sanções contra o Brasil se Lula continuar negociando com a Rússia, deixando o governo federal em uma posição difícil uma vez que dois terços do combustível comercializado no país vem da nação presidida por Vladimir Putin e a última parte, dos Estados Unidos.

"Nós importamos 25% do combustível acabado que utilizamos no Brasil, dentre eles o óleo diesel, que é responsável pela produção agrícola e também pelo transporte de alimentos até os portos. Hoje 25% do diesel nós importamos, sendo que aproximadamente um terço dos Estados Unidos e dois terços da Rússia", detalhou.

Mas além da questão econômica, o presidente da Aprosoja ressaltou que o principal reflexo do conflito com Trump é a instabilidade política que se aprofunda no governo Lula. 

"Então, se vierem mais sanções, a nossa produção de alimentos fica ameaçada e isso vai trazer instabilidade econômica, política e vai colocar em risco a nossa segurança alimentar e o nosso governo no mercado internacional de exportação de alimentos", concluiu Lucas. 

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