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Política Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025, 09:19 - A | A

Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025, 09h:19 - A | A

Reuniões de emergência

Estratégia da oposição de “parar” Congresso já falhou antes. Relembre

Ala bolsonarista ameaçou travar pautas de interesse do governo, mas presidentes das Casas convocaram reuniões de emergência

A obstrução anunciada pela oposição na quarta-feira (6/8) não foi a primeira convocada pelo grupo. Desde o início da legislatura, em 2023, a ala direita do plenário organizou ao menos três paralisações no Congresso –todas sem sucesso. 

Na terça-feira (5/8), o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), declarou que a oposição paralisaria os trabalhos na Câmara dos Deputados e no Senado, numa espécie de “greve” para travar votações no plenário e nas comissões. 

A medida foi uma reação à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Obstrução no Congresso

Em resposta, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), cancelaram as sessões de terça-feira (5/8) e convocaram reuniões de emergência com os líderes partidários

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou o comportamento como “chantagem”.

A ala oposicionista também cobra o impeachment de Moraes –que só pode ser analisado pelo Senado – e pressiona Motta a pautar o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro. 

O modus operandi de Alcolumbre e Motta tem sido o mesmo: deixar a “poeira baixar” e vencer a oposição pelo cansaço, sem se comprometer com nenhum dos lados. Nesse ritmo, nenhuma pauta-bomba foi aprovada pelas Casas.

Relembre outras obstruções da oposição

Em setembro de 2024, senadores e deputados da oposição anunciaram que obstruiriam os trabalhos no Congresso até que o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desse andamento a um pedido de impeachment de Moraes. 

A ala oposicionista justificava o pedido com base em reportagem da Folha de S.Paulo, que revelou que Moraes fez pedidos extraoficiais ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões no inquérito das fake news, que tramita no STF.

Na época, o Metrópoles mostrou que Pacheco engavetaria o requerimento, por julgar que o caso não era suficiente para destituir um magistrado da Corte –algo inédito na história do país.

Em março deste ano, deputados tentaram travar votações em comissões como protesto ao início do julgamento de Bolsonaro na Suprema Corte. No dia 26 daquele mês, a Corte aceitou torná-lo réu por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. No entanto, a ação teve pouco efeito, já que os congressistas registraram presença e a ordem do dia foi cumprida. 

À época, congressistas disseram que haviam desistido de tentar travar as pautas e dispararam mensagens sinalizando o recuo.

Um mês depois, em abril, a oposição repetiu a obstrução, desta vez para pressionar pela votação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Motta não cedeu e afirmou a aliados que pautar o texto era inviável.

 

 

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