A ordem por enquanto é não ouvir nenhum dos lados de forma separada, debater o assunto — a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) — apenas em reunião de líderes e esperar até o momento em que a obstrução nas duas Casas comece a arrefecer.
De acordo com interlocutores, já havia uma expectativa — tanto no Planalto quanto na Mesa Diretora do Congresso — de que a obstrução iria acontecer via PL e outros parlamentares ligados ao ex-presidente.
Para esses interlocutores, no entanto, o fôlego da "rebelião" bolsonarista será dimensionado pelo rol de apoiadores da obstrução.
Até agora, a aposta é que o projeto de lei da anistia não ganhará mais apoio do que costuma ter. Ou seja, não será suficiente para ser pautado e aprovado no plenário das Casas.
O fim da obstrução não significará que a pauta da Câmara e do Senado irá, de fato, decolar. O primeiro semestre foi a prova das dificuldades enfrentadas pelo Palácio do Planalto para imprimir sua agenda no Congresso. As dificuldades devem aumentar até o fim do ano.
A preocupação, no governo, é o quanto uma pauta ruim no Congresso, em 2025, influenciará o ano eleitoral de 2026. Menos dinheiro em caixa? Menos projetos de valor eleitoral sendo tirados do papel? Menos popularidade?
As perguntas ainda estão sem respostas na Esplanada dos Ministérios.