O prefeito de Curvelândia (281 km de Cuiabá), Jadilson Alves de Souza (UB), exonerou o vereador e secretário de Saúde do município Roberto Serenini (PL) do cargo depois de ele ser preso pela Polícia Civil por utilizar o micro-ônibus da pasta para transportar 52 quilos de cocaína.
Através das redes sociais, o gestor afirmou que tomou todas as medidas administrativas cabíveis e de imediato, retirou o secretário da função e o substituiu pelo vice-prefeito Geraldo Elias Ribeiro.
“Não compactuamos com os últimos acontecimentos aqui no nosso município. Estamos tomando todas as medidas cabíveis administrativamente. Já nomeamos o nosso vice-prefeito como secretário de Saúde do município. Reiteramos o compromisso da gestão com a transparência, legalidade e bem-estar da população de Curvelândia, confiando no trabalho das autoridades responsáveis pela investigação”, disse em vídeo publicado nas redes sociais.
A droga foi apreendida no dia 18 de agosto pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron). A partir de então, o caso começou a ser investigado pela Polícia Civil.
Durante a apuração, a Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) descobriu que no dia anterior à apreensão, o vereador fez contato telefônico com o motorista momentos antes da partida do veículo, além de ter ligado para ele na noite anterior à viagem.
Ele ordenou a troca do veículo que seria utilizado no transporte dos pacientes, horas antes da viagem. Testemunhas também relataram que o investigado esteve na Unidade Básica de Saúde na noite do embarque, horas antes da saída do micro-ônibus.
Durante as investigações, a Polícia recebeu denúncias anônimas que indicavam que o investigado também teria apagado imagens do sistema de videomonitoramento do pátio da Unidade Básica de Saúde, onde o veículo permaneceu estacionado.
Para esclarecer os fatos, uma equipe da Delegacia de Mirassol D'Oeste se deslocou até Curvelândia e apreendeu o equipamento DVR que registrou as movimentações no local.
O aparelho foi encaminhado para perícia no Instituto de Criminalística da Polícia Técnico-Científica (Politec). A perícia oficial ainda não foi finalizada, porém em análise preliminar foi confirmado que imagens de algumas câmeras foram suprimidas.
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