O presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), declarou nesta terça-feira (25/11) que o partido só apoiará um candidato à Presidência em 2026 caso ele se comprometa a conceder indulto e perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
A afirmação foi publicada em seu perfil no X (antigo Twitter) e reforça a onda de pressão que a oposição tem exercido desde a prisão de Bolsonaro, no último sábado.
“O 1º critério — absolutamente excludente — do nosso apoio a presidente em 26 é se comprometer a conceder indulto e perdão ao presidente Bolsonaro, extensivo aos que participaram das depredações do 8 de janeiro. Direto e reto”, escreveu o senador.
Nogueira é um dos aliados mais próximos do ex-presidente e principal articulador político do bloco de direita no Congresso. Durante o governo de Bolsonaro, ele também foi ministro da Casa Civil.
A fala de Ciro ocorre num momento em que partidos da oposição aceleram uma ofensiva pela aprovação da anistia no Legislativo. Segundo o filho mais velho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro (PL), a anistia é o objetivo único do Partido Liberal e não haverá acordo pela dosimetria.
O PL da Dosimetria, opção mais “light” da anistia tem texto relatado na Câmara pelo deputado Paulinho da Força (solidariedade) e não prevê o perdão total aos condenados pelo 8 de Janeiro nem a Bolsonaro, mas apenas revê suas penas.
Desde que Bolsonaro foi preso, lideranças do PL passaram a reorganizar estratégias para tentar retomar a tramitação de propostas de perdão.
Ao condicionar o apoio do PP ao compromisso explícito de perdoar Bolsonaro, Ciro empurra a pauta da anistia para o centro do debate eleitoral de 2026 e pressiona potenciais candidatos da direita e centro-direita a assumir posição antes do início formal da campanha.
















