O partido do presidente Javier Milei venceu as eleições legislativas da Argentina com mais de 40% dos votos, contra 31% do peronismo.
O Força Pátria, da oposição ligada a ex-presidente Kristina Kichner, teve 24%. O pleito renovou cerca de metade da Câmara dos Deputados do país e um terço do Senado.
No discurso da vitória, Milei disse que o governo aumentou de 37 para 101 o número de deputados na Câmara e saiu de seis senadores para 20.
A chapa do Liberdade Avança liderou na maior parte das províncias, inclusive na principal, em Buenos Aires, onde Milei havia sido derrotado em eleições locais em setembro.
Logo após a divulgação, o presidente argentino agradeceu os votos e afirmou que o povo optou pelo progresso.
"Claramente foi um dia histórico para a Argentina. O povo argentino decidiu deixar para trás 100 anos de decadência e persistiu no caminho da liberdade, progresso e crescimento. Hoje passamos por um ponto de inflexão. Hoje começa a construção de uma Argentina grande", afirmou.
Nos últimos meses, a Argentina voltou a mergulhar numa crise econômica. Mesmo com uma série de corte de gastos, diminuição na inflação e de um crescimento econômico, Milei tem visto suas conquistas sob risco.
O Produto Interno Bruto do país caiu 0,1% no segundo trimestre ante os três primeiros meses anteriores.
No câmbio, o peso argentino é a moeda de pior desempenho em relação ao dólar no mundo e acumula perdas superiores a 30% em 2025.
No entanto, a pressão macroeconômica não foi suficiente para alavancar a oposição, e o resultado contrariou a previsão dos especialistas, que davam como certa a derrota governista.
A autoridade eleitoral argentina confirmou que 67% das pessoas aptas a votar foram às urnas.
Segundo o jornal Clarín, o pleito deste ano registrou a participação mais baixa dos argentinos em eleições desde o fim da ditadura militar, em 1983.














