O primeiro suplente do PT na Assembleia Legislativa (ALMT), Henrique Lopes, fez um alerta no HNT TV Entrevista - podcast do Hipernotícias - sobre o aumento de diagnósticos de bournout entre os professores da rede pública. Nos 30 dias que ficou na AL durante a licença do titular do mandato, o deputado estadual Valdir Barranco (PT), Henrique apresentou um projeto de lei determinando a criação de programa pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) para contingenciar a explosão de afastamentos por doenças mentais.
LEIA MAIS: Valdir Barranco pede licença e presidente da CUT assume como deputado estadual
O Ministério da Previdência Social aponta que em 2024 foram concedidos 2.786 afastamentos por doenças mentais
Henrique também é professor e é militante há 30 anos do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep-MT). Recentemente, inclusive, ele foi eleito presidente da organização, cargo que já exerceu em gestões anteriores.
"Uma doença que é muito forte hoje nos profissionais da educação é a tal da síndrome de bournout, que é a síndrome da desistência, a pessoa parece que não consegue se ver realizado", falou o suplente.
A síndrome de burnout é reconhecida como doença ocupacional desde 1º de janeiro de 2022, quando passou a compor a Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença é caracterizada pelo esgotamento físico e mental, motivada pelo acúmulo de atividade que sobrecarrega os profissionais ao ponto de desenvolver depressão e ansiedade.
Em Mato Grosso, os casos têm escalado. Dados do Ministério da Previdência Social aponta que em 2024 foram concedidos 2.786 afastamentos; volume superior a 2023, quando foram registrados 1.556 afastamentos.
"As doenças ligadas ao campo psicológico, que tem a ver com várias questões que a gente colocou, inclusive a pressão no espaço de trabalho", pontuou o suplente. "A gente está apresentando um projeto de lei lá para que o governo do Estado crie programas nessa direção", concluiu.
VEJA VÍDEO