O secretário de Estado de Saúde (SES-MT), Gilberto Figueiredo (União Brasil), estima que a implantação do Hospital Central em Cuiabá vai gerar uma economia anual de R$ 50 milhões com os casos de judicialização que serão evitados a partir do atendimento de alta complexidade ofertado na unidade. Dados da SES indicam que o governo gaste mensalmente R$ 4 milhões cumprindo decisões quanto ao custeio de tratamentos urgentes. Gilberto destacou que o Hospital Central, que será administrado pela Sociedade Beneficente Albert Einstein, suprirá os gargalos de especialidades - como a cardiologia e neurologia -, além de cirurgias que estão no bojo dos procedimentos atuais, principalmente transplantes de rim e fígado.
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"São quase três anos de conversa e negociação, vários estados querendo isso, mas nós chegamos nessa conclusão com chave de ouro para assinar esse contrato, cuja operação final, somando a despesa que nós já temos hoje da Santa Casa em Cuiabá com as decisões judiciais, o tratamento fora do domicílio, ao final de um ano, quando estivermos operando 100% e for o mês de dezembro, nós ainda vamos gerar uma economia de quase R$ 50 milhões de reais por ano daquilo que a gente já custaria", projetou o secretário em entrevista ao HNT TV.
Gilberto explicou que o gasto público com o Hospital Central terá uma curva crescente pois o funcionamento das alas será gradativo. No mês de setembro deste ano, a unidade abre as portas com atendimento parcial. Já, em dezembro, a meta é estar com todos os serviços em pleno funcionamento. O secretário destacou que haverá um incremento de 48 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A expectativa é fazer 211 mil procedimentos por ano a partir de 2026 e abrir para residências médicas em 2027.
O secretário calcula que a operação do novo hospital ficará em torno de R$ 34 milhões. Para a conta fechar, Gilberto pontuou que o governo decidiu encerrar as atividades da Santa Casa de Cuiabá, que demanda um investimento mensal de R$ 24 milhões. Os outros R$ 10 milhões restantes serão "faturados" a partir da habilitação do Hospital Central junto ao Ministério da Saúde que depende do sucesso da oferta de especialidades de alta complexidade. Gilberto espera que a parceria com Einstein facilite o processo.
"Deixando claro para aqueles que nos ouvem, é um hospital SUS, 100% gratuito. As pessoas fazem uma confusão, porque quando vê a gente falando que traz o Einstein para administrar, acha que vai ser um hospital privado e que vai ter que pagar para utilizar. Muito ao contrário, nós vamos trazer o nível de qualidade que a assistência do Einstein tem no estado de São Paulo, em Goiás e na Bahia... mas será 100% gratuito para o cidadão. É um hospital vocacionado para alta complexidade", concluiu o secretário.
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