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ÁUDIOS OFENSIVOS

Ex-servidor acusado de ataques sexuais contra Janaina Riva se apresenta como cristão e bolsonarista

O discurso público contrasta com o conteúdo dos áudios ofensivos que motivaram a denúncia registrada por Janaina

Conteúdo Hipernotícias

Deliamdson Milton da Silva mantinha, nas redes sociais, uma imagem de homem religioso e defensor da moral cristã. Deliamdson, que foi alvo de denúncia da deputada Janaina Riva (MDB) por ataques sexuais, também se apresentava como apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após grava áudio de cunho sexual envolvendo a deputada, Deliamdson foi exonerado, nesta sexta-feira (7), do cargo que ocupava na Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) em Rondonópolis (212 km de Cuiabá). 

Deliamdson atuava como ajudante técnico de imprensa, com salário bruto de R$ 3.135,58. Em vídeos publicados nas redes sociais, falava sobre Cristo e o Espírito Santo e compartilhava mensagens sobre fé. O discurso público contrasta com o conteúdo dos áudios ofensivos que motivaram a denúncia registrada por Janaina.

LEIA MAIS: Coder exonera servidor que enviou áudios de teor sexual contra Janaina Riva

A parlamentar procurou a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) de Cuiabá na quinta-feira (6). No boletim de ocorrência, relatou ter recebido áudios misóginos e libidinosos em grupos de WhatsApp, nos quais o servidor a citava em tom de deboche. Ela disse ter ficado “profundamente constrangida” com o material, que circulou amplamente entre moradores de Rondonópolis.

A Coder confirmou que o servidor foi imediatamente desligado após a repercussão do caso. O ato de exoneração será publicado no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira (7). Em nota oficial, a companhia repudiou “qualquer conduta que contrarie os princípios da administração pública e o respeito à dignidade da pessoa humana”.

“A Coder reafirma seu compromisso permanente com a ética, o respeito e a integridade da pessoa humana. Não compactuamos com comportamentos que atentem contra esses valores”, diz o comunicado.

O caso gerou forte reação política. O MDB de Mato Grosso classificou o episódio como violência política de gênero e cobrou providências imediatas da Prefeitura de Rondonópolis.

“A conduta é vergonhosa, viola a dignidade feminina e configura violência política de gênero. Não aceitaremos que agentes públicos usem seus cargos para atacar mulheres que dedicam a vida ao serviço público”, afirmou a nota assinada pela Executiva Estadual do partido.

Nas redes sociais, Janaina disse que o caso expõe o tipo de violência que mulheres enfrentam na política.

“Não é fácil ser mulher na política. Se isso acontece comigo, imagina com tantas outras. Por mais constrangedor que seja, precisamos denunciar e não ter medo”, declarou.

 

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