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"QUAL HOSPITAL VAI PARAR?"

MM reage à pressão por aumento do TJ: "ou corta estrada e escola, ou cria imposto"

Governador diz que reajuste geraria efeito cascata de R$ 1,6 bilhão e nega pressão de ameaças de greve: "Aqui não funciona". Projeto do TJMT foi aprovado em 1ª votação na AL, mas está travado

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DA REDAÇÃO / DO LOCAL

O governador Mauro Mendes (União Brasil) fez um alerta contundente sobre os possíveis impactos do reajuste de 6,8% para servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (6) para lançar o Programa MT Produtivo, ele afirmou que a concessão do aumento pode gerar um efeito cascata nos demais Poderes, elevando a folha de pagamento do Estado em R$ 1,6 bilhão por ano.

“Se der 7% de aumento para o Judiciário, por que que lá na Assembleia Legislativa o servidor não vai querer também mais 7%? Por que que no TCE não vai querer mais 7%? Por que que no MP não vai querer mais 7%? Por que que só o Executivo não vai dar os 7%? Aí sim, serão R$ 1,6 bilhão”, declarou Mendes, detalhando a projeção de impacto.

O governador foi enfático ao afirmar que, sem a criação de novos impostos, algo que descartou, a única saída seria o corte de investimentos em áreas essenciais. “Vamos ter que fazer uma lista de quantas escolas terão que deixar de ser construídas no ano que vem, quantas estradas, qual hospital a gente vai paralisar ou postergar. É simples assim, não tem matemática”, disse.

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DISPUTA COM O JUDICIÁRIO

Questionado sobre a ameaça de greve anunciada pelos servidores do TJMT caso o projeto não seja aprovado, Mauro Mendes respondeu com firmeza: “Comigo não funciona ameaça de greve. Se funciona em algum lugar, eu não posso responder. Com o governador Mauro Mendes, ameaça não funciona”.

Sobre o clima de tensão entre os Poderes, o governador minimizou: “Marido e mulher, namorado e namorada, pais com filhos, de vez em quando você tem um probleminha, mas o que nos une é maior”. No entanto, reforçou sua posição de não ceder à pressão: “Eu fui eleito para cuidar do dinheiro do cidadão”.

CONTEXTO 

O projeto de lei que concede o reajuste de 6,8% aos servidores do Judiciário foi aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa no dia 22 de outubro, em sessão marcada por confusão e bate-boca entre governistas e oposição. Atualmente, a proposta está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJR), mas um pedido de vista do deputado Dr. Eugênio (PSB) travou a votação nesta semana, adiando a deliberação.

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O presidente do TJMT, desembargador José Zuquim, já se manifestou publicamente afirmando que “não tem como recuar” da proposta, que foi aprovada por unanimidade pelo colegiado do Tribunal e chancelada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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Enquanto a proposta não avança, servidores do Judiciário, que já anunciaram uma paralisação para esta quarta-feira (5), ameaçam deflagrar greve por tempo indeterminado caso a situação não se resolva.

 

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