A Federação entre o Progressistas (PP) e o União Brasil (UB), que poderia consolidar a maior bancada do país, está por um fio. O impasse foi revelado nesta quarta-feira (5) pelo deputado estadual Júlio Campos (UB), que apontou forte resistência dentro da direção nacional do próprio partido, mesmo após o acordo ter sido encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para viabilizar a disputa conjunta nas próximas eleições.
Camila Ribeiro/ HNT
Deputado Estadual Júli Campos afirma que Federação pode 'flopar'.
"Talvez nem a federação vá sair. Já está um barulho muito grande, rejeição a fazer federação do PP com o Progressistas. Até agora não foi oficializado no Tribunal Superior Eleitoral e também pode não ocorrer. Estamos resolvendo também esse problema. Há poucos dias já estava decidido, agora voltou para trás", disse Júlio Campos.
A não oficialização da Federação teria sido causada por desgastes e conflitos resultantes de disputas internas sobre quem comandaria os respectivos grupos em nível regional.
Um dia antes da fala de Campos, na terça-feira (4), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), já havia se manifestado. Caiado afirmou que iria se reunir em Brasília com o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, para defender que a federação não seja oficializada e adiantou que pediria a convocação da Executiva Nacional da legenda.
A não oficialização da Federação teria sido causada por desgastes e conflitos resultantes de disputas internas sobre quem comandaria os respectivos grupos em nível regional.
A expectativa é que o pedido de criação da federação, já protocolado no TSE, seja votado ainda em novembro. O descontentamento reside no receio de que conflitos regionais resultem na tutela dos partidos por um ou pelo outro nos estados, o que, segundo críticos, estaria “desgastando mais os partidos e eles saindo até menores”.
Em caso de rompimento antes do prazo mínimo, as siglas ficariam proibidas de formar uma nova aliança nas próximas eleições.
SUPER BANCADA E REFLEXOS EM MT
Costurada no início do ano e anunciada em abril, a Federação União Progressista seria a maior da Câmara dos Deputados, somando 109 parlamentares e desbancando o PL (91) e a federação PT/PCdoB/PV (80). No Senado, seriam 14 senadores, empatados com PSD e PL.
A união é vista como estratégia fundamental para as Eleições de 2026. Em Mato Grosso, o União Brasil é uma força consolidada, com representantes em 60 prefeituras, enquanto o PP detém apenas três. No Senado Federal, Jayme Campos representa o UB.
Na bancada federal, somente Coronel Assis é do União. Dentre os representantes estaduais do União Brasil na Assembleia Legislativa (ALMT) estão Eduardo Botelho, Júlio Campos, Dilmar Dal Bosco e Sebastião Rezende. O PP é representado na ALMT pelo deputado estadual Paulo Araújo.
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