O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro criticou os “envolvidos” na aprovação da Lei de Reciprocidade Econômica, que deve ser usada pelo governo para tentar reagir à taxação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O texto, contudo, recebeu voto favorável do senador Flávio Bolsonaro, irmão de Eduardo. A lei foi aprovada pelo Congresso em abril e sancionada por Lula no mesmo mês.
“Em que pese a tal Lei da Reciprocidade não obrigar o Brasil a retaliar – ela apenas sugere – vale os ‘parabéns’ aos envolvidos em sua aprovação, dando mais moral para um burocrata ideológico fazer besteira em nome de todos”, escreveu Eduardo no X.
A Lei de Reciprocidade Econômica permite que o Brasil suspenda concessões comerciais, investimentos ou direitos de propriedade intelectual de países que adotem medidas unilaterais que prejudiquem a competitividade brasileira. O governo Lula pretende aplicar a regra em resposta ao tarifaço anunciado por Trump na última quarta-feira (9/7).
Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, a regulamentação da lei, feita por decreto, assinada nesta segunda-feira (14/7).
“Esta lei [de reciprocidade] precisa ser regulamentada, a regulamentação, que é por decreto, deve estar saindo amanhã ou terça-feira. Agora, o governo vai trabalhar no sentido de reverter essa taxação, porque entendemos que ela é inadequada, ela não se justifica, além de recorrer à Organização Mundial do Comércio”, afirmou Alckmin após a inauguração do Novo Viaduto de Francisco Morato, em São Paulo, no domingo (13).