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Núcleo crucial

Bolsonaro descarta possibilidade de fuga para não ficar longe de Michelle, diz jornal

PGR pediu condenação do ex-presidente por integrar 'núcleo crucial' de plano de golpe de Estado

Redação Terra

Foto-Folha PE

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria revelado a aliados que descarta a possibilidade de fugir do Brasil caso seja condenado. A declaração do presidente surge depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu sua condenação na terça-feira, 14, por integrar o "núcleo crucial" do plano de golpe de Estado. Segundo ao jornal Folha de S. Paulo, uma possível fuga para os EUA estaria fora de seus planos porque ele não suportaria ficar longe da sua esposa, Michelle Bolsonaro. 

A ex-primeira-dama deve sair candidata ao Senado no próximo ano, ou até mesmo tentar uma disputa para a Presidência da República contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

De acordo com aliados ouvidos pelo jornal, seria "menos dramático" para Bolsonaro ficar preso no País aguardando uma possível aprovação de anistia, a qual ele acredita que virá uma hora ou outra. 

"Bolsonaro insiste que já tomou a decisão de ficar. Na conversa com integrantes de seu núcleo mais próximo, ele reforçou que a distância da família o impediria de tomar o rumo dos EUA, como já fez seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)", informou a colunista. 

Para além disso, caso seja preso em regime domiciliar, o ex-chefe do Executivo brasileiro acredita que continuaria convivendo diariamente com Michelle e com a maioria de seus filhos.

PGR pede condenação de Bolsonaro
Em uma manifestação de 517 páginas, a PGR pediu, na segunda-feira, 14, a condenação de Bolsonaro e de seus ex-ministros e militares que, segundo a acusação, integraram o "núcleo crucial" do plano de golpe de Estado.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou que a palavra ‘churrasco’ foi usada como codinome para se referir à tentativa de golpe de Estado.

Segundo o parecer final da PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o núcleo crucial da trama golpista, o código aparece em conversas do tenente-coronel Mauro Cid e do general Mário Fernandes.

No documento, denonimado de alegações finais, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou Bolsonaro como líder da organização criminosa e afirmou que o ex-presidente é o "principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito."

Os crimes atribuídos a Bolsonaro e a seus aliados são:

tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito (pena de 4 a 8 anos);
golpe de estado (pena de 4 a 12 anos);
organização criminosa armada (pena de 3 a 8 anos que pode ser aumentada para 17 anos com agravantes citados na denúncia);
dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima (pena de 6 meses a 3 anos);
deterioração de patrimônio tombado (pena de 1 a 3 anos).
Durante depoimento ao STF em junho, Bolsonaro negou as acusações e afirmou algumas vezes ter seguido 'dentro das quatro linhas'. “Muitas vezes me revoltava, falando palavrão. Falava o que não devia falar. Sei disso. Mas, no meu entender, fiz aquilo que tinha de ser feito”, disse, em um dos momentos, sempre com a Constituição Federal em cima de sua mesa.

Fonte: Redação Terra

 

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