As rusgas públicas entre o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) têm como pano de fundo a definição do nome da direita para disputar a Presidência da República em 2026.
Na última sexta-feira (19), Valdemar disse ao jornal "Folha de S.Paulo" que Eduardo "vai ajudar a matar o pai" se lançar candidatura independente ao cargo.
Em resposta, o filho do ex-presidente chamou, em entrevista ao jornal "O Globo", de "uma canalhice", disse que não esperava isso do presidente do PL e cobrou desculpas públicas.
A família Bolsonaro não abre mão de definir a composição da chapa presidencial – e quer alguém do núcleo dela, se possível, como cabeça. O Centrão, entretanto, é contra, e busca nomes alternativos.
E a última rodada de pesquisa Quaest fortaleceu o Centrão nessa disputa.
O levantamento apontou que a família Bolsonaro tem os piores índices de rejeição entre oito nomes testados como potenciais adversários de Lula (PT), e que esses índices aumentaram.
Segundo a pesquisa,
- 68% dos eleitores não votariam em Eduardo (eram 57% em agosto)
- 64%, em Jair Bolsonaro (eram 57%)
- 61%, na ex-primeira-dama, Michelle (eram 51%)
Entre os demais potenciais candidatos, apenas Ciro Gomes (PDT) aparece com percentual na casa dos 60% (eram 50%).
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Valdemar Costa Neto, presidente do PL, no 3º Seminário Brasil Hoje — Foto: Vinicius Nunes/Agência F8/ Estadão Conteúdo