O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), deixou em aberto a candidatura ao governo do senador Wellington Fagundes (PL). Conforme Abilio, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu apenas sobre o Senado, indicando o deputado federal José Medeiros (PL) para disputar uma das vagas e a 'dobradinha' com o governador Mauro Mendes (União Brasil). O prefeito sinalizou que o cenário é de indefinição na legenda e, embora Fagundes tenha tirado do páreo o candidato tido como preferido pelo grupo, o barão do agronegócio Odílio Balbinotti (sem partido), seu nome ainda não é uma unanimidade entre os conservadores.
"A decisão do presidente Bolsonaro é apenas na questão de Senado. A de governo tem muitas coisas para serem resolvidas. Estamos há mais de um ano da eleição, tem muita coisa pra acontecer', falou Abilio Brunini à imprensa nesta segunda-feira (22).
O prefeito lembrou que nas eleições municipais, o PL enfrentava o mesmo impasse com quatro nomes sendo ventilados à cabeça de chapa e ele acabou sendo o escolhido para disputar as municipais.
A relação próxima de Abilio com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) é outro incômodo para Wellington. O prefeito é a porta de entrada para atingir o núcleo duro do PL até Bolsonaro e o presidente nacional Valdemar Costa Neto, caciques que darão a última palavra sobre a chapa ao Paiaguás.
Abilio nega que a amizade com Otaviano esteja "desidratando" a candidatura de Wellington ao governo.
"Acho que isso não é verdade. O Wellington Fagundes tem nos ajudado, tem mandado emendas e colaborado com a gente na gestão como o Otaviano Pivetta. Não estou com intenção de anular ninguém, muito pelo contrário, respeito o senador Wellington Fagundes, o vice-governador Otaviano Pivetta, assim como respeito o governador Mauro Mendes", explicou.
A possível aliança do PL com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), também pode respingar sobre as chapas de 2026 nas capitais. Caso Tarcísio cumpra com a movimentação prometida a Valdemar de se filiar ao PL, a situação para Fagundes é mais segura. Já se Tarcísio continuar no Republicanos, Pivetta poderia se beneficiar.
"O cenário político está muito aberto. A gente não tem essa definição ainda. Acredito que é preciso esperar. Quando não tem nada muito certo precisa aguardar o andamento das discussões", concluiu.
VEJA VÍDEO