Pré-candidato à Presidência em 2026, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), defendeu uma solução política para a proposta de anistia aos envolvidos nos atos golpistas. Em São Paulo, ele afirmou ser necessário revisar a dosimetria das penas para “pacificar o país” e disse que cabe ao Congresso decidir sobre a inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros atores políticos.
"Há injustiça no processo que aconteceu nos últimos anos. E o mais importante, não é agora achar certo e errado, é achar a pacificação do país. Mas sem o Bolsonaro? Eu acho que o que vai pacificar o país é achar a alternativa. Eu acho que se tiver que colocar atores políticos nesse processo junto com aqueles que participaram do dia 8 de janeiro e vai pacificar o país, é o caminho que o Brasil tem que tomar."
Sobre o outro tema que levou manifestantes as ruas em todas capitais no domingo, Ratinho Júnior classificou a PEC da Blindagem como “inapropriada e pouco discutida”, afirmando que ela vai “na contramão do que a sociedade defende”. A matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados, em dois turnos, e segundo Ratinho Júnior, tem grande chances da proposta ser revista no Senado.
De olho na corrida ao Planalto, o governador apresentou nesta segunda-feira dados econômicos do Paraná e foi sabatinado por empresários paulistas em evento na sede da Associação Comercia de São Paulo. Ele esteve acompanhado do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, que voltou a defender publicamente sua candidatura à Presidência.
De acordo com a última pesquisa Quaest, Ratinho Júnior aparece com 32% das intenções de voto em um eventual segundo turno contra o presidente Lula, que marca 44%. O desempenho é semelhante ao do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que teria 35% contra 43% do atual presidente.
Ratinho Júnior tem intensificado agendas fora do Paraná, especialmente no eixo Rio-São Paulo. Esta foi sua décima visita à capital paulista nos últimos quatro meses.
