O médico e vereador Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, de 40 anos, declarou quase R$ 1 milhão em bens durante sua companha para o cargo no Legislativo de Canarana (642 km de Cuiabá), em 2024. Ele foi preso no último sábado (31), sob a acuação de estupro de vulnerável e produzir, armazenar e compartilhas conteúdo de abuso infanto-juvenil.
Thiago se candidatou a vereador pela primeira vez no ano passado e se elegeu com 509 votos pelo Partido Liberal. Durante a campanha, teve apenas dois doadores, o próprio PL, que concedeu patrocínio de R$ 40 mil e uma mulher, que entrou com aporte de R$ 2.457 mil.
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Os bens discriminados por Thiago no momento da candidatura são dois carros que juntos são avaliados em R$ 390 mil, uma motocicleta no valor de R$ 93 mil e um terreno de R$ 150 mil. Além disso, declarou ter R$ 300 mil em espécie.
Em consulta no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), consta que Thiago figura em diversos processos, tanto como vítima quanto como suspeito. Em uma das ações, ele chegou a ser condenado a um mês e 10 dias de prisão por injúria, convertidos em prestação pecuniária. Ele também era acusado difamação e abandono de cargo, crimes pelos quais foi absolvido ainda em primeira instância. O médico recorreu da sentença e conseguiu a absolvição de todos os crimes.
Em seu Instagram, Thiago aparece ao lado dos maiores líderes do PL, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e um de seus filhos, Eduardo Bolsonaro. Além disso, faz críticas ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Natural de Rondonópolis, formou-se em Medicina pela Universidade de Cuiabá, em 2009. De acordo com as informações disponibilizadas pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Thiago não tem especialização cadastrada. Ele atua na rede pública do município em que é parlamentar.
O CASO
Thiago foi alvo de busca e apreensão no último sábado (31) depois que a Polícia Civil recebeu denúncias de que ele abusava sexualmente de uma criança de dois anos.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, os policiais encontraram vídeos com conteúdo de abuso infanto-juvenil, produzidos e vendidos pelo suspeito. Com isso, o médico e vereador foi preso em flagrante.
Durante as diligências, as autoridades apuraram que ele usava uma adolescente de 15 anos como ‘escrava sexual’ e a utilizava como isca para chegar até outros menores de idade.
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