A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (10) a Operação Lençol de Areia, com o objetivo de desarticular um esquema de prostituição e garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso. A principal investigada é suspeita de oferecer serviços sexuais em troca de ouro extraído ilegalmente da área.
De acordo com a PF, a investigação começou após uma denúncia anônima que apontou a existência de um prostíbulo e bar funcionando na região de garimpo conhecida como Garimpo do Cururu. As apurações confirmaram que a mulher anunciava os serviços nas redes sociais, vinculando o pagamento ao ouro obtido no garimpo ilegal.
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Com base nas provas reunidas, a 2ª Vara Federal de Cáceres expediu mandado de busca e apreensão na residência da suspeita, cumprido nesta sexta-feira, para coletar novos elementos de prova e reforçar as evidências já obtidas.
A Polícia Federal informou que as investigações continuam para identificar e responsabilizar outros envolvidos nas práticas criminosas, que atingem o patrimônio da União e os direitos das comunidades indígenas.
BUNKER E ESCALADA DE TENSÕES
O Garimpo do Cururu é o mesmo em que agentes do Ibama encontraram um bunker equipado com armas e outros suprimentos, incluindo bebidas alcoólicas utilizadas para abastecer comércios ilegais na Terra Indígena.
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A área, segundo a polícia, está sob domínio do Comando Vermelho. No fim de setembro, a PF mandou reforços para conter o crime na região.
Garimpeiros da facção criminosa também chegaram a trocar tiros de fuzil com agentes do Ibama durante operações no mês passado.