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"COMPORTAMENTO POSSESSIVO"

Maestro da orquestra da UFMT é afastado após denúncias de assédio sexual

Três alunas registraram boletins; instituição diz que repudia casos e adotou medidas imediatas

Conteúdo Hipernotícias

Oliver Yatsugafu, professor e maestro da Orquestra da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi afastado, pela reitoria da instituição, das funções após ser denunciado por assédio sexual, em Cuiabá. As denúncias foram formalizadas por três alunas, segundo a Polícia Civil.

A UFMT informou, em nota, que repudia qualquer forma de assédio e que, ao tomar conhecimento dos relatos, adotou medidas imediatas, incluindo o afastamento do servidor, a abertura de procedimentos internos e a oferta de suporte psicossocial às vítimas. A instituição afirmou ainda colaborar integralmente com a investigação.

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No primeiro boletim de ocorrência, uma aluna de 21 anos contou que o professor demonstrava comportamento possessivo desde 2023. Segundo ela, em outubro deste ano ele teria ido até um auditório, onde a jovem costumava estudar sozinha, e se declarou para ela. No caso mais recente, na segunda-feira (24), Oliver teria ido até sua casa e entrado em seu quarto sem autorização, declarando interesse afetivo e dizendo que seu casamento seria “de fachada”. O tio da jovem interveio e ameaçou chamar a polícia.

Ela também relatou episódios anteriores dentro da orquestra, como um momento em que o professor pediu seu celular por ciúmes e, ao pegar o aparelho, o arremessou sobre o piano.

Outras duas estudantes, de 39 e 23 anos, registraram ocorrência por perseguição, calúnia, assédio moral e tentativa de contato físico. Elas afirmam que, na terça-feira (25), foram chamadas para uma conversa antes de um ensaio e acabaram sendo constrangidas pelo docente. As duas conseguiram sair e se esconder, procurando a Delegacia da Mulher no dia seguinte. A Polícia Civil investiga os casos.

A universidade reforçou que mantém compromisso com a proteção às mulheres, a prevenção ao assédio e a garantia de um ambiente acadêmico seguro. A instituição disse que continuará acompanhando as vítimas e que todas as medidas administrativas cabíveis serão adotadas caso as denúncias sejam confirmadas.

Confira a nota da Universidade na íntegra: 

NOTA OFICIAL

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) reafirma seu compromisso com um ambiente acadêmico, artístico e profissional pautado pelo respeito, pela ética e pela dignidade de todas as pessoas, bem como seu compromisso institucional com a defesa das mulheres, a promoção da igualdade de gênero e o combate a todas as formas de assédio.

Diante de denúncias, a Instituição informa que repudia qualquer ato de assédio e que, ao tomar conhecimento dos fatos, adota imediatamente as providências cabíveis, incluindo afastamentos, na condução de procedimentos internos de apuração, em conformidade com a legislação vigente.

Com o registro de denúncias a Reitoria determina a adoção de medidas de proteção e acompanhamento das pessoas envolvidas. Entre essas ações, estão o suporte psicossocial institucional e a reorganização das atividades acadêmicas, de forma a garantir que não haja contato durante a apuração dos fatos.

A UFMT pauta suas ações pela defesa das mulheres e pela construção de políticas institucionais de prevenção e enfrentamento ao assédio. Nesse sentido, fortalece mecanismos de acolhimento, ampliando a articulação com órgãos de proteção e reforçando diretrizes que asseguram que denúncias sejam tratadas com seriedade, agilidade e absoluto respeito às vítimas.

Comprovadas as denúncias , seja por meio dos processos administrativos internos ou por decisões judiciais, a UFMT adotará todas as medidas necessárias, em conformidade com a legislação vigente e com as normas institucionais, incluindo a aplicação das sanções administrativas cabíveis. A UFMT reforça que não compactua com qualquer forma de assédio e assegura que todos os procedimentos seguirão os princípios da legalidade, da responsabilidade e da proteção às vítimas.

A UFMT permanece à disposição das autoridades competentes, colabora com as investigações e reforça seu compromisso com a proteção das vítimas, com a promoção de um ambiente seguro e com a responsabilização, sempre que comprovadas irregularidades.

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