O jornalista Cláudio Natal afirmou que temia ser morto e, por isso, contratou quatro militares para protegê-lo durante 24 horas por dia. A revelação foi dada em depoimento antes de ser solto mediante pagamento de fiança no valor de R$ 7,5 mil nesta segunda-feira (26). Ele foi preso no mesmo dia após a Polícia Civil encontrar diversas munições de variados calibres em sua residência, no âmbito das investigações sobre o assassinato do advogado e ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery, ocorrido em julho de 2024.
Ao delegado Bruno Sérgio Magalhães Abreu, da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), Natal explicou que as munições seriam de um dos policiais, chamado Emerson, que estaria preso e havia deixado as munições na casa do jornalista. Segundo ele, a decisão foi tomada após receber ameaças de morte durante uma disputa judicial envolvendo um empresário em Nova Ubiratã (427 km de Cuiabá).
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“Eu fui ameaçado de morte por um determinado tempo atrás e eu pedi com as pessoas que eu conhecia que eram militares para andar comigo, para cuidar de mim e um deles acabou sendo preso e essas munições ficaram lá”, explicou.
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Para preservar sua vida, ainda de acordo com o depoimento, os quatro policiais se revezavam durante 24 horas. Ele ainda afirmou que não possui armas, porte ou registro de armas. “Eu achei que eles iam me matar, eu falei para eles, olha, vamos nos proteger, anda armado, com munição, porque eu acho que eles vão me matar de verdade. Então, eles se municiaram, foi isso que aconteceu”, disse.
CASO RENATO NERY
Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo, no dia 5 de julho do ano passado (2024), na frente de seu escritório, na capital. A vítima foi socorrida e submetida a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas depois do procedimento médico.
Desde a ocorrência, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do advogado.
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