O adolescente de 15 anos que foi alvo de um mandado de internação pela Polícia Civil, nesta terça-feira (27), no âmbito da Operação Mão de Ferro 2, em Rondonópolis (216 km de Cuiabá) era administrador de um servidor da rede social ‘Discord’ responsável por compartilhar conteúdos ‘gores’, ou seja, de pessoas e animais mortos. Em uma das ocasiões identificadas na investigação, o suspeito participou de uma live em que um gato foi morto ao vivo para 400 pessoas.
Em coletiva de imprensa, o delegado Gustavo Godoy, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), explicou que enquanto uma pessoa, não identificada, matava o animal, a plateia ordenava que fossem feitos atos de crueldade com o felino. Furar o olho e arrancar a cabeça do gato foram alguns dos pedidos dos espectadores.
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No final da tortura, o animal teve a pele completamente retirada. A crueldade chocou até mesmo a equipe da Polícia Civil, conforme Godoy.
O que chama atenção é que essa não é a primeira vez que o menor entra na mira das autoridades. No ano passado, quando as investigações começaram, ele teve dois celulares apreendidos.
Nos aparelhos, os policiais encontraram conteúdos pornográficos envolvendo menores. No entanto, cerca de um ano depois, ele conseguiu outro telefone e continuou nas práticas delituosas.
A apuração identificou cerca de 20 membros da organização criminosa, que fez, até o momento, três vítimas. A operação ocorreu de forma simultânea em 12 estados brasileiros, com a participação das Polícias Civis do Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo.
Ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados judiciais, incluindo busca e apreensão, prisão temporária e internação socioeducativa. Em Mato Grosso, além do mandado de internação em Rondonópolis, outra adolescente de 16 anos, foi alvo de busca e apreensão em Sinop (500 km de Cuiabá).
As investigações continuam.
