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POR ACUSAR MILITARES

Associação aciona corregedoria e pede investigações contra delegado

O delegado Edison Pick acusou policiais militares de mexerem na cena do feminicídio cometido pelo policial militar Ricker Maximiano de Moraes, na tarde de domingo (25), no bairro Praerinho, em Cuiabá

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A Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (ACSPM/BM-MT) acionou a corregedoria da Polícia Civil e acionará Ministério Público de Mato Grosso para que apure a conduta do delegado Edison Ricardo Pick. A associação repudiou as acusações feitas pela autoridade policial de que militares teriam alterado cena de crime investigado.

Segundo a Associação, após registro de ocorrência com o militar Ricker Maximiano de Moraes, associado da ACS, a equipe policial foi comunicada pela irmã do militar que ele havia seguido até a casa do pai. A ACSPM nega que os policiais teriam retirado a arma do local do femincídio. 

Ainda conforme a Associação, na casa do genitor, foi autorizada a entrada e varredura de Policias Militares, averiguando que Ricker não estava no local, mas material bélico e uma arma de fogo, supostamente usada no crime, foi encontrada. O material foi registrado em boletim e entregue à Polícia Civil. De acordo com a ACSPM, o procedimento foi documentado como exige o protocolo.

Para o presidente da ACS, Laudicério Machado, a conduta do delegado em acusar os agentes de alterarem a cena do crime causa estranheza.

“Ao invés de estar no encalço de quem seria o suspeito, estava a autoridade policial a tentar demonizar uma instituição quase bicentenária, sob o escopo de esperar que lhe fosse apresentada a arma e quem a teria retirado da residência, como se ela já não estivesse sendo apresentada na delegacia especializada”.

De acordo com o presidente, ao optar por imputar publicamente à Polícia Militar conduta irregular e, mais grave, insinuar possível obstrução de Justiça, o representado viola, não apenas esse dever, mas também os princípios da moralidade, da urbanidade e da impessoalidade que permeiam o serviço público.

“A antecipação de juízo de valor por parte do delegado responsável pelas investigações, mediante declarações públicas, constitui conduta grave, especialmente quando se atribui, de forma direta ou indireta, responsabilidade antes de concluídas as apurações e formalizada qualquer acusação”, diz trecho do documento encaminhado à corregedoria da Polícia Civil e MP.

ENTENDA

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O delegado Edison Pick acusou policiais militares de mexerem na cena do feminicídio cometido pelo policial militar Ricker Maximiano de Moraes, na tarde de domingo (25), no bairro Praerinho, em Cuiabá.

Ocorre que a arma estava na casa do militar e outros agentes, que não tiveram as identidades divulgadas, foram até o local e retiraram o armamento.

“Mais uma vez a Polícia Militar veio mexer numa cena de crime. Isso atrapalha demais as investigações. Não sei quem tirou a arma do local, mas agora o procedimento é aguardar a polícia militar apresentar a arma e informar como pegou”, disse em entrevista à imprensa.

OUTRO LADO 

A reportagem entrou em contato com o delegado Edson Pick que informou que irá se manifestar em 'momento oportuno'. 

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