A fuga de dois detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE) no último sábado (5) provocou uma forte reação do governador Mauro Mendes (União Brasil), que classificou o episódio como “inadmissível” e determinou uma revisão urgente nos sistemas de segurança das unidades prisionais do Estado.
Em pronunciamento nesta segunda-feira (7), Mendes revelou que convocou reunião com o secretário de Segurança, Cesar Roveri, e responsáveis pela Polícia Penal para exigir explicações sobre o ocorrido.
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Segundo ele, o caso expõe falhas graves, já que uma unidade de segurança máxima como a PCE, que abriga detentos de alta periculosidade, não deveria permitir uma fuga sem qualquer obstáculo.
“Olha, eu já pedi explicações a nossa polícia penal, e principalmente ao secretário de Segurança. Hoje eu tenho uma reunião com ele sobre isso. Precisa ser explicado, não pode uma unidade de segurança daquele tamanho ter uma falha dessa. Alguém falhou. Isso tem que ficar claro, porque não dá para admitir esse tipo de coisa nos presídios maturos”, enfatizou.
A Secretaria de Justiça (Sejus) confirmou que os fugitivos, identificados como Christopher Allef de Oliveira Santana (24 anos) e Henrique Darlan de Oliveira Mello (23 anos), estavam na ala reservada a internos que participam de atividades laborais. Imagens de vigilância mostram os dois escapando por volta das 11h49, conforme registrado pelas câmeras do setor dos fundos da penitenciária.

De acordo com a Sejus, a dupla cortou o arame farpado que cerca o presídio e desceu com uma corda improvisada. A diretoria do estabelecimento prisional afirma ter instaurado um procedimento administrativo para apurar se houve negligência no monitoramento interno ou a conivência de terceiros no planejamento da fuga.
Apuração e medidas
Um procedimento administrativo foi instaurado para apurar as circunstâncias da fuga e identificar possíveis falhas de monitoramento interno, além de investigar a hipótese de apoio externo aos fugitivos.
A PCE, localizada em Cuiabá, é considerada a unidade prisional mais complexa do Estado, concentrando presos de alta periculosidade. A ocorrência levanta preocupações sobre a eficácia dos protocolos de segurança, especialmente nas alas destinadas a detentos que exercem atividades laborais dentro da unidade.
Até o momento, os dois detentos ainda não foram recapturados. Informações que possam levar ao paradeiro dos foragidos podem ser repassadas, de forma anônima, pelos canais de denúncia da Sejus: 197 ou (65) 98126‑0185.