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GOLPE DA FORMATURA

Casal que lesou centenas de formandos em MT também tinha empresas no MS, PA e PB

Nos últimos 15 dias antes do encerramento, o casal intensificou ações para obter o máximo de lucro, oferecendo descontos e vantagens

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DA REDAÇÃO

O delegado Rogério Ferreira, titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), disse na manhã desta terça-feira (20), que os administradores das empresas Imagem Eventos e Graduar Decoração e Fotografia, possuem outras empresas relacionadas a eventos de formatura em Mato Grosso do Sul, Pará e Paraíba. Além da fraude direta, foi descoberto que uma das sócias montou uma empresa de roupas fitness pela internet que também está sob investigação.  

Diante da gravidade do caso, a Decon solicitou e obteve junto ao Judiciário a proibição do casal de atuar em qualquer atividade relacionada a eventos de formatura, fotografia e colações de grau, seja como empresário, funcionário, autônomo ou sócio oculto.   “Solicitamos ainda a suspensão dos registros das empresas em nome do casal e daquelas que, mesmo informalmente, estejam ligadas a eles. O objetivo é evitar que novas vítimas sejam feitas em outros estados”, disse o delegado.  

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As investigações continuam, agora com foco na localização e prisão dos foragidos, e no rastreamento de outros possíveis envolvidos e empresas associadas ao golpe. De forma premeditada, E.S.S., de 51 anos, e M.J.A.N., de 49, planejaram o encerramento das atividades meses antes do ocorrido.  

O delegado destacou que a investigação apontou que, um dia antes do anúncio oficial de encerramento das empresas, os funcionários foram dispensados com a falsa alegação de falta de energia. No mesmo dia, uma das sócias ainda recebeu pagamentos de pais de formandos, mesmo já sabendo que a empresa deixaria de operar na manhã seguinte.  

Nos últimos 15 dias antes do encerramento, o casal intensificou ações para obter o máximo de lucro, oferecendo descontos e vantagens em pagamentos adiantados, cientes de que não cumpririam os contratos. De acordo com a Polícia Civil, o golpe causou prejuízo aproximado de R$ 7 milhões, afetando centenas de pessoas que tiveram suas formaturas canceladas no início de 2024.

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