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Caça-níquel da velocidade

Presidente do TCE denuncia uso de inteligência artificial em radares para fabricar multas de trânsito

De acordo com o conselheiro, há suspeitas de que o sistema vem operando de forma irregular, sem fiscalização adequada e com o objetivo de arrecadação

 

Allan Mesquita

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Foto-Assessoria

O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, denunciou que sistemas de radares estariam utilizando inteligência artificial para fabricar multas de trânsito. A declaração foi feita nesta terça-feira (20), enquanto ele comentava a realização de auditorias nos equipamentos de fiscalização eletrônica em Cuiabá e Várzea Grande. 

De acordo com o conselheiro, há suspeitas de que o sistema vem operando de forma irregular, sem fiscalização adequada e com o objetivo de arrecadação. “A indústria da multa, o que ela faz? Usa inteligência artificial. Ela sabe onde você mora. Eles têm todas as informações do Detran... Então, daqui a pouco eles começam a produzir multa para você”, afirmou aos jornalistas na Câmara de Cuiabá. 

Sérgio Ricardo ainda alegou que há indícios de duplicação de autuações. “Existem multas que são duplicadas. A indústria percebe que você passa em uma determinada rua todos os dias”, disse.

A polêmica envolvendo os radares já gerou reações em municípios da região metropolitana. Recentemente, a Prefeitura de Várzea Grande retirou 36 equipamentos de fiscalização eletrônica das ruas. Em Cuiabá, o prefeito Abilio Brunini (PL) também já manifestou intenção de adotar medida semelhante. 

Agora, o TCE apura se os radares estão instalados de forma correta e se os equipamentos passaram pela devida aferição junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), responsável por verificar a precisão desses dispositivos. 

Durante entrevista à imprensa, Sérgio Ricardo ainda defendeu que o dinheiro arrecadado com multas seja investido exclusivamente em ações de educação para o trânsito, especialmente em áreas sensíveis, como frente de escolas. “Tem que fazer todo o mecanismo, inclusive com os radares. Agora, não como é hoje. Hoje é uma indústria de multa, é uma captação de dinheiro”, criticou.

 

 

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