Terça-feira, 20 de Maio de 2025
icon-weather
DÓLAR R$ 5,67 | EURO R$ 6,41

20 de Maio de2025


Área Restrita

Justiça Terça-feira, 20 de Maio de 2025, 14:45 - A | A

Terça-feira, 20 de Maio de 2025, 14h:45 - A | A

ALVO DA PF

Acusações são especulativas e sem provas, afirma defesa de prefeito

A defesa alega ainda que a apuração teria origem em uma denúncia feita por um policial rodoviário federal filiado ao partido do adversário derrotado nas eleições, Damiani da TV

Conteúdo Hipernotícias

A defesa do prefeito de Sorriso, Alei Fernandes (União Brasil), classificou como “especulativas” e “sem lastro probatório concreto” as acusações levantadas na segunda fase da Operação Rustius, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (20) no município, a 387 km de Cuiabá. A ação apura suspeitas de arrecadação de verbas irregulares na campanha de 2024, que elegeu Alei e seu vice, Acácio Ambrosini, e cumpriu três mandados de busca e apreensão com autorização da Justiça Eleitoral.

Em nota enviada à imprensa, o advogado Rodrigo Cyrineu, que representa os eleitos, afirmou que as acusações envolvendo suposto uso de laranjas para pulverizar recursos de caixa dois são fruto de uma “narrativa sustentada há tempos” por órgãos de investigação, mas que, até agora, não apresentou “elementos concretos de quanto, como e por que recursos teriam sido usados” na campanha. A defesa alega ainda que a apuração teria origem em uma denúncia feita por um policial rodoviário federal filiado ao partido do adversário derrotado nas eleições, Damiani da TV.

LEIA MAIS: PF aponta caixa dois, laranjas e triangulação em campanha do prefeito de Sorriso

Segundo a Polícia Federal, as investigações apontam que o então candidato Alei Fernandes teria excedido o teto legal de gastos eleitorais, recorrendo a uma empresa para contrair empréstimos acima do permitido. Os valores, conforme o inquérito, teriam sido fracionados e distribuídos a contas de terceiros (laranjas), que por sua vez realizaram doações oficiais para camuflar a origem dos recursos.

Além disso, a PF identificou um esquema de triangulação, em que serviços prestados à campanha majoritária foram registrados na prestação de contas de candidatos a vereador, como forma de mascarar os gastos reais. Parte dos cabos eleitorais, segundo o delegado Tiago Pacheco, teria sido paga em dinheiro vivo. Também foram identificadas empresas de dados e pesquisas que atuaram sem registro formal, além de pessoas jurídicas usadas em doações ilegais, o que configura, segundo a PF, abuso de poder econômico.

A defesa de Alei Fernandes nega qualquer participação dos eleitos nas irregularidades e questiona até mesmo a validade da operação. “Trata-se de uma vã tentativa de sustentar a natimorta Operação Rustius”, escreveu Cyrineu, citando ainda que parte do dinheiro apreendido com um investigado, Nei Frâncio, remonta a transações anteriores a 2019, sem relação com o pleito de 2024. Por ora, 17 pessoas já foram indiciadas por caixa dois, crime que pode levar a até cinco anos de prisão.

 

 

Comente esta notícia

Rua Rondonópolis - Centro - 91 - Primavera do Leste - MT

(66) 3498-1615

[email protected]