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Apontamento do CEPEA

Preço do arroz atinge menor patamar desde 2020 no RS

Enquanto os preços caem, a semeadura da safra 2025/26 avança em ritmo acelerado

Administração

Preço do arroz atinge menor patamar desde 2020 no RS, aponta Cepea

Enquanto os preços caem, a semeadura da safra 2025/26 avança em ritmo acelerado

Agrolink - Aline Merladete
 
Foto: Pixabay

O mercado de arroz em casca enfrentou forte queda em novembro, especialmente no Rio Grande do Sul, principal estado produtor. De acordo com dados divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o Indicador CEPEA/IRGA-RS — que considera arroz com 58% de grãos inteiros, com pagamento à vista — encerrou o mês cotado a R$ 53,28 por saca de 50 kg, o menor valor desde a primeira semana de abril de 2020. 

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A desvalorização acumulada chegou a 5,4% em novembro e a expressivos 46,27% no acumulado do ano, resultado de um cenário de baixa liquidez no mercado spot e retração das exportações brasileiras. “A oferta interna não encontra correspondência na demanda, o que acentua a pressão sobre as cotações”, explicam os pesquisadores do Cepea.

Enquanto os preços caem, a semeadura da safra 2025/26 avança em ritmo acelerado. Segundo o Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz), até o dia 27 de novembro, 92% da área estimada já havia sido plantada — avanço de 2,8 pontos percentuais em apenas uma semana. As condições climáticas, até o momento, têm sido favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, o que mantém a expectativa de maior produtividade nesta temporada. 

Apesar do otimismo quanto à safra, produtores demonstram preocupação com a rentabilidade. “Mesmo com boa produtividade, se o preço não reagir, o prejuízo é certo”, afirma João Carlos Ramires, orizicultor da região da Fronteira Oeste gaúcha. Ele também destaca o impacto dos custos de produção e da dificuldade de comercialização com a indústria retraída.

Com a colheita prevista para o início do próximo ano, o mercado do arroz entra em um período decisivo. A continuidade da tendência de baixa poderá comprometer a sustentabilidade econômica da cultura no RS. Especialistas apontam que a recuperação dos preços dependerá de um novo impulso nas exportações e de uma retomada na demanda interna.

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