A edição de novembro do informativo Agro em Dados, elaborado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), informa que Goiás manteve crescimento nas exportações entre janeiro e setembro de 2025. Segundo o documento, o estado comercializou “13,5 milhões de toneladas do complexo soja”, resultado que representa avanço de 11,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior e garante novamente a segunda posição no ranking nacional, atrás apenas de Mato Grosso.
O desempenho, conforme o informativo, foi impulsionado pelo aumento nos embarques de soja em grão, que registraram “+13,8%”, e de óleo de soja, com “+12,6%”. A Seapa aponta que a combinação entre melhorias logísticas e fortalecimento da indústria esmagadora tem ampliado a competitividade estadual ao ofertar produtos com maior valor agregado.
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As projeções da Conab para a safra 2025/26 indicam Goiás como o terceiro maior produtor de soja do país, com estimativa de 20,4 milhões de toneladas. O volume representa recuo de 1,2% em relação à safra anterior. Apesar do aumento de 3,8% na área plantada, a produtividade prevista — ainda a maior do Brasil — apresenta queda de 4,8%. A Conab observa um início de ciclo marcado por irregularidade de chuvas e registra que “16,0% da soja” estava semeada até 25 de outubro. O órgão avalia que a escolha da cultivar, além da definição adequada das janelas de plantio e colheita, será essencial para reduzir riscos de replantio e impactos no desenvolvimento inicial das lavouras.
No mercado físico, as cotações registraram leve retração de 0,7% em outubro, com preço médio de R$ 137,86 por saca, segundo o Cepea/Esalq. Embora o ajuste tenha sido moderado, o informativo destaca que os produtores continuam enfrentando pressão sobre as margens, influenciada pelo encarecimento dos fertilizantes e por custos financeiros elevados.
O Boletim Logístico da Conab, referente a outubro, aponta que a entressafra reduziu a demanda por fretes, favorecendo negociações pontuais da soja remanescente, equivalente a 5% da produção da última safra ainda disponível. O documento reforça que a ampliação da capacidade de armazenagem e o fortalecimento dos corredores ferroviários serão estratégicos para garantir maior eficiência e flexibilidade comercial diante da aproximação da safra 2025/26.

















