Segundo análise semanal divulgada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda-feira (18), o custeio do algodão para a safra 2025/26 foi projetado em R$ 10.706,79 por hectare, conforme o projeto Custos de Produção Agrícola de Mato Grosso (CPA-MT). De acordo com o Imea, “o valor representa uma alta de 0,56% em relação a junho de 2025, resultado do aumento mensal nas despesas com sementes, de 1,56%, e defensivos, de 0,70%”. 

A entidade acrescentou que, com esse acréscimo, “o Custo Operacional Efetivo (COE) e o Custo Operacional Total (COT) ficaram projetados em R$ 15.371,73 por hectare e R$ 16.348,84 por hectare, com altas de 0,46% e 0,43%, respectivamente”.

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O levantamento ainda destacou que a elevação da taxa Selic impactou os cálculos. Segundo o Imea, “a alta resultou em aumento de 1,03% no custo de oportunidade, elevando o Custo Total (CT) para R$ 18.454,20 por hectare”.

Com base na produtividade média da pluma, estimada em 124,82 arrobas por hectare, o instituto calculou os valores mínimos necessários para a cobertura dos custos. “Para conseguir cobrir o COE, o cotonicultor teria que vender a pluma a pelo menos R$ 123,15 por arroba. Já para cobrir o CT, o preço mínimo seria de R$ 147,84 por arroba”, informou. 

Até julho de 2025, o preço médio ponderado da comercialização da safra foi de R$ 137,11 por arroba. Para o Imea, “o valor se mostrou insuficiente para cobrir o CT”.

O instituto concluiu que os atuais níveis de preço da pluma exigem atenção dos produtores. “Os custos estão mais altos em relação à safra passada, o que mantém o alerta para a rentabilidade da atividade”, destacou.