A safra brasileira de gergelim 2024/25 apresentou um desempenho positivo, apesar da redução da área plantada, segundo relatório do Itaú BBA. O banco aponta que, com preços menos atrativos do gergelim em relação ao ano anterior e a valorização do milho entre o segundo semestre de 2024 e o início de 2025, parte dos produtores optou por migrar para o cereal. Dados da Conab mostram que a área plantada caiu 3,1% em relação à temporada anterior, chegando a 639,3 mil hectares. 

Mesmo com a redução de área, as condições climáticas favoreceram a cultura. O bom regime de chuvas durante o desenvolvimento da lavoura, seguido de clima seco na colheita, garantiu aumento significativo na produtividade. A média nacional alcançou 621 kg/ha, crescimento de 13,3% frente à safra passada, resultando em uma produção total de 396,7 mil toneladas – avanço de 9,8% no comparativo anual.

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O destaque ficou para o Vale do Araguaia, principal região produtora do país, onde muitos agricultores superaram a média nacional. Há relatos de produtividades acima de 700 kg/ha, e em alguns casos ultrapassando 1 tonelada por hectare, reforçando o potencial produtivo da região. Essa performance tem consolidado o Araguaia como polo estratégico para a cultura. 

Segundo estimativas feitas junto a clientes, cerca de 100 mil hectares de gergelim estão concentrados apenas no município de Canarana (MT), representando aproximadamente 15% da área cultivada nacionalmente. Para o ciclo 2025/26, as perspectivas dependerão da competitividade em relação a outras culturas, especialmente o milho, além das condições climáticas e da demanda internacional, que segue relevante para a expansão do gergelim brasileiro.