O avanço das lavouras de inverno e o início da safra de verão marcam o ritmo da nova temporada agrícola na Argentina, em meio a contrastes entre excesso de umidade em algumas áreas e recuperação hídrica em outras.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires estima produção de trigo em 24 milhões de toneladas, com 80 por cento da área já fora do período crítico. A colheita alcança 16,5 por cento da área apta e mantém média nacional de 26 sacas por hectare. Os rendimentos seguem em alta no centro da região produtiva, com mínimos acima de 30 sacas e máximos que chegam a 70, enquanto parte do sul ainda avalia impactos de geadas.
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Na soja, a semeadura cobre 12,9 por cento dos 17,6 milhões de hectares previstos, após avanço semanal de 8,4 pontos percentuais. Há atraso frente ao ano anterior e ao histórico recente, concentrado no centro-oeste e no norte de Buenos Aires, onde o excesso de umidade dificulta a logística. A soja de primeira já chega a 18,6 por cento da área, com foco nos núcleos produtivos e no sul de Córdoba.
O milho destinado a grão atinge 36,6 por cento da área projetada e também registra atraso. As chuvas de primavera favoreceram o estabelecimento e 76 por cento das lavouras apresentam condição entre boa e excelente, cenário superior ao da última campanha. Os primeiros lotes de plantio tardio devem avançar na próxima semana.
O girassol chega a 84,5 por cento da área estimada. As chuvas mais intensas no oeste aliviaram limitações hídricas, enquanto no centro e no leste os acumulados foram moderados. No sul, os excessos ainda comprometem parte da área. Após as precipitações, 84,1 por cento das lavouras têm condição hídrica adequada ou ótima.

















