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DOENÇA MILENAR

TCE articula ampliação do projeto Saúde Itinerante para combater hanseníase

Conselho de Mato Grosso busca apoio de municípios e consórcio regional para diagnóstico precoce e tratamento da doença na região

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O vice-presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Guilherme Antonio Maluf, comprometeu-se a buscar soluções para os desafios da saúde em Nova Xavantina (565 km de Cuiabá). Em reunião realizada nesta segunda-feira (8), ele recebeu representantes do município e sugeriu a inclusão do consórcio regional no projeto Saúde Itinerante de Hanseníase e ISTs, que já oferece atendimento gratuito na região.

“Estamos todos preocupados com o combate à hanseníase, doença milenar e estigmatizada, que é foco de atuação do Tribunal, já que Mato Grosso lidera o país em detecção de casos. Queremos estimular que prefeitos se organizem por meio de consórcios, para que o TCE possa validar e articular essas ações junto ao Estado e ao Ministério da Saúde”, afirmou Maluf, que preside a Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do TCE-MT.

O Tribunal tem atuado no controle e combate à hanseníase em Mato Grosso. Em 2024, foram emitidas 101 recomendações e realizado um seminário para discutir a doença e propor medidas de prevenção e tratamento. O presidente do órgão, conselheiro Sérgio Ricardo, anunciou que, a partir deste ano, as estatísticas sobre hanseníase passarão a ser incluídas como ponto de controle na análise das contas anuais de municípios.

“Não é possível não termos conhecimento sobre quantas pessoas têm hanseníase em Mato Grosso. Para traçar um diagnóstico preciso e fundamentar estratégias de combate, todos os gestores deverão prestar contas ao TCE-MT sobre a situação da doença em seus municípios”, explicou Ricardo.

O projeto Saúde Itinerante de Hanseníase e ISTs foi apresentado ao TCE-MT pela vereadora de Nova Xavantina, Ilza Zuffo, e pela médica Flavia Lettycia Alves, especialista em Hansenologia. O programa atende, além de Nova Xavantina, municípios vizinhos como Água Boa, Campinápolis, Novo São Joaquim, Nova Nazaré, Cocalinho, Araguaiana e Barra do Garças.

Segundo Flavia Alves, o maior desafio é detectar e tratar a hanseníase precocemente. “Capacitamos profissionais da atenção primária para avaliar os contatos de pacientes já detectados, permitindo identificar casos iniciais e evitar a evolução da doença para fases crônicas e incapacitantes”, afirmou.

A médica também destacou que a subnotificação da hanseníase ocorre devido à falta de conhecimento sobre a doença, cujos sintomas podem ser confundidos com outras condições, retardando o diagnóstico.

Para a vereadora Ilza Zuffo, os encaminhamentos do encontro são fundamentais para o enfrentamento do problema. “Verificamos que não se trata apenas de Nova Xavantina. Municípios vizinhos também apresentam alta incidência de casos sem detecção. Saímos com esperança e vamos buscar apoio junto ao setor público e ao consórcio regional”, disse.

Maluf anunciou que encaminhará as demandas à Presidência do TCE-MT e organizará uma nova reunião com representantes do consórcio regional, secretarias municipais de Saúde e Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) para ampliar o projeto. Somente em 2024, foram identificados 4.074 novos casos de hanseníase em Mato Grosso, sendo 155 em crianças menores de 15 anos.

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