Recuperandas do regime semiaberto e mulheres em situação de rua participaram, nesta quarta-feira (10), de exames de mamografia e Papanicolau durante o segundo dia do Mutirão Florescer. A ação integra o Mutirão Pop Rua Jud, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) executada pelo Poder Judiciário de Mato Grosso em parceria com diversas instituições, com foco na garantia de direitos fundamentais a grupos socialmente vulnerabilizados.
Os atendimentos ocorreram na unidade móvel Sesc Saúde da Mulher, instalada no estacionamento do Sesc Arsenal. A carreta, mantida pelo Sesc-MT, oferece exames preventivos e orientações em saúde.
Márcia Maria de Oliveira Barros, 42 anos, realizou a mamografia pela primeira vez e destacou a importância do acesso facilitado ao serviço. Para ela, a iniciativa reduz barreiras enfrentadas por mulheres que dependem do sistema público de saúde. Maria José Francisco de Oliveira, 31, também ressaltou o acolhimento recebido e a relevância da prevenção, especialmente para quem enfrenta dificuldades financeiras ou de deslocamento.
Ana Vitória Lustosa, 25, que possui histórico familiar de câncer, reforçou a necessidade de aproveitar oportunidades de prevenção. Ela relatou que esta foi a segunda vez que realizou os exames enquanto cumpre pena no sistema prisional.
O desembargador Mário Roberto Kono de Oliveira, coordenador do Comitê Multinível e presidente do Nupemec, acompanhou a ação e destacou que iniciativas como o Mutirão Florescer reforçam o compromisso do Judiciário com a dignidade humana.
O presidente do Sistema Comércio MT, Wenceslau Júnior, afirmou que a participação do Sesc na ação amplia o alcance dos serviços de saúde preventiva para mulheres em situação de vulnerabilidade extrema.
A unidade móvel Sesc Saúde Mulher conta com dois consultórios, equipe especializada e equipamentos modernos, oferecendo gratuitamente exames de mamografia, Papanicolau e orientações em saúde.
O Mutirão Pop Rua Jud integra a Política Nacional de Atenção às Pessoas em Situação de Rua e suas Interseccionalidades, prevista na Resolução 425/2021 do CNJ, e busca ampliar o acesso à justiça e a direitos essenciais.















