O juiz Daniel de Souza Campos manteve a prisão de Alysson Garcia Fernandes de Souza, de 27 anos, ex-professor de agronomia da Universidade Norte do Paraná (Unopar) preso por estupro de vulnerável e pornografia infantil, no âmbito da Operação Cátedra deflagrada pela Polícia Civil, na quarta-feira (17), em Alto Araguaia (418 km de Cuiabá).
As investigações começaram em maio deste ano, de acordo com a Polícia Civil, e apontaram que o professor aliciava alunas em sala de aula, convidando-as para manter relações sexuais.
Ele também afirmava ter relações sexuais com crianças, inclusive menores de um ano, e compartilhava fotos e vídeos de abuso sexual infantil com algumas alunas, relatando ainda que pagava às famílias das vítimas para ter acesso às crianças.
O trabalho contou com apoio da Polícia Federal, por meio do Sistema Rapina, que já monitorava o investigado e compartilhou informações que reforçaram os indícios apurados pela Polícia Civil.
As apurações confirmaram que o suspeito encaminhou arquivos contendo material de exploração sexual infantil a diferentes pessoas. As investigações seguem em andamento para identificar as vítimas e apurar a possível responsabilidade de terceiros que possam ter facilitado os crimes.
Através de nota, a Unopar repudiou os crimes praticados pelo ex-docente.
"A Unopar vem a público repudiar veementemente os crimes pelos quais um ex-funcionário da instituição foi preso, envolvendo estupro de vulnerável e conteúdo pornográfico infantil.Esclarecemos que o indivíduo citado não integra o quadro de colaboradores desde junho de 2025, tendo sido desligado antes do surgimento e conhecimento das denúncias. Reafirmamos nosso compromisso com a ética, o respeito aos direitos humanos e a proteção de crianças e adolescentes. Condutas como as relatadas são totalmente incompatíveis com os valores que norteiam nossa atuação.A instituição segue colaborando com as autoridades competentes e confia que a Justiça responsabilizará os envolvidos pelos atos ilícitos", diz o pronunciamento na íntegra.