A influencer e suplente de vereadora de Sinop (480 km de Cuiabá) Elaine Seibel (PL), afirmou em uma série de vídeos no Instagram que está sendo investigada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) devido a um conteúdo publicado em suas redes sobre a prisão e uso de tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ela, foi orientada a gravar um vídeo de retratação sob risco de sofrer uma ação civil pública e responder criminalmente.
Na verdade, no vídeo postado no dia 24 de novembro mas que foi apagado de suas redes após recomendação do MPT, ela comemorava o fato de que empresários do município teriam começado a demitir funcionários que seriam de “esquerda” ou do PT por terem comentado favoravelmente sobre a prisão do ex-presidente. “Em Sinop começou a limpa hoje. Demissões, de forma estratégica, logicamente, porque a direita não trabalha sem estratégia”, dizia trecho do vídeo.
Já nesta semana, ela relatou ter participado de uma audiência com o MPT, na qual, segundo ela, a procuradora responsável pela investigação teria elogiado seu trabalho, destacado a importância da responsabilidade social no uso das redes sociais e chamado atenção para o alcance do vídeo em questão, que teria atingido cerca de 143 milhões de contas no Instagram. A influencer afirma que o conteúdo foi denunciado com base em reportagem do jornal A Gazeta, possivelmente por uma denúncia anônima.
Elaine então, alegou ter sido obrigada a retirar o vídeo da plataforma e gravar um de retratação, seguindo critérios do Ministério, sem mencionar o vídeo.
“Eu tenho que gravar um vídeo do jeito que eles querem, dentro dos critérios que eles querem. Gravei então, espontaneamente e tal. Eles inventaram mil e uma coisa, que não pode citar o vídeo anterior, não pode citar tal coisa, não pode citar aquela outra. Sinceramente, o que eu vou falar? Eu já não sei mais o que fazer, nem o que falar”, disse ela no vídeo desta sexta-feira (19).
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O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) passou por situação semelhante, apagou o post e fez a retratação conforme orientação do MPT, lamentando tem sido mal interpretado e que pesrseguição política não é o caminho. “Você não deve perseguir ninguém por opinião política, acho que não é esse o caminho, você também não deve perseguir nenhum servidor por opinião política, não é esse o caminho, não deve guardar prints, não deve mandar embora ou provocar algum tipo de discussão, esse não é o caminho”, destacou.
Quando Elaine recebeu a intimação, na sexta-feira (12), ela gravou um vídeo em frente ao MPT e informou aos seus 115 mil seguidores que deixariam eles a par de todo o andamento do processo. Já na segunda-feira (15), ela lamentou ter que tirar o vídeo do ar e que ficou chocada pela investigação.
“E agora, se você dá a opinião, se você faz um comentário, se você fala sobre algo que está acontecendo, você é investigado. Logo, o risco de responder criminalmente é o que está acontecendo comigo nesse exato momento”, lamentou.
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