O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes repreendeu nesta segunda-feira (14/7) o advogado Jeffrey Chiquini, que representa Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após o defensor pedir a palavra no início da oitiva do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
“Querem me destruir por completo”, diz Bolsonaro, alvo de ações no STFAo alegar que recebeu, nos últimos dias, um volume expressivo de documentos enviados pela Polícia Federal (PF), às vésperas do início das oitivas de testemunhas dos núcleos 2, 3 e 4 da suposta trama golpista, o advogado Jeffrey Chiquini pediu que a audiência de fosse adiada, argumentando que não teve tempo hábil para analisar todo o material.
Moraes, então, interrompeu e rejeitou o pedido, afirmando que os documentos entregues aos advogados não integram, na íntegra, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) — e, por isso, não havia motivo para suspender a oitiva.
Quando o advogado insistiu, Moraes interveio novamente. “Enquanto eu falo, o senhor fica quieto”, disse o ministro.
Oitiva
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid fala nesta segunda como “informante do juiz” na oitiva que trata das ações dos núcleos 2, 3 e 4 da suposta trama golpista.
Durante a manhã, o juiz auxiliar de Alexandre de Moraes, Rafael Henrique, ouviu as testemunhas de acusação intimadas pela Procuradoria-Geral da República. No período da tarde, Cid é ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, que conduz a oitiva da tarde após ausência pela manhã.
Antes de ouvir Cid, falaram as testemunhas da PGR Clebson Ferreira de Paula Vieira e Adiel Pereira Alcântara, sem a presença do ministro Alexandre de Moraes e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.