O vereador por Cuiabá, Chico 2000, ingressou com pedido no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) para ser desfiliado ao Partido Liberal (PL) sem o risco de perder o cargo. Chico afirma ser vítima de "grave discriminação pessoal" na legenda. O relator do processo é o juiz Edson Dias Reis. O magistrado intimou, nesta quarta-feira (1º), a Procuradoria Regional Eleitoral para se manifestar.
"Por ordem, intimo a Procuradoria Regional Eleitoral para emissão de parecer", encaminhou Edson Dias Reis.
Na pré-campanha das eleições municipais de 2024, Chico 2000 e o PL tiveram um sério desgaste após o vereador - que, à época, estava presidente da Câmara e da comissão provisória do partido - se indispor com o prefeito Abilio Brunini (PL). Chico havia colocado seu nome para disputar o cargo de prefeito, interferindo nos plano de Abilio que não recuou do pleito. Para enfraquecer Chico, Abilio o processou por suposta compra de votos à Polícia Federal.
Durante a investigação, Chico se viu forçado a abrir mão da disputa. Além disso, acabou perdendo a presidência que ficou para Abilio. A primeira medida de Abilio à frente do PL foi oferecer a carta de dispensa a Chico. O vereador não aceitou e disputou a reeleição pelo PL.
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Em 29 de abril de 2025, Chico é afastado da Câmara pela juíza Edna Ederli Coutinho após ser alvo de nova denúncia. Desta vez, o vereador é citado em investigação Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) na Operação Perfídia por suposto recebimento de propina para beneficiar a HB20 Construções. O retorno só foi autorizado 121 dias depois em 2 de setembro.
Após a Operação Perfídia, o presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, anunciou que a carta de desfiliação de Chico estava assinada e o vereador liberado. Chico segue apenas o rito da legislação eleitoral para estar assegurado e não correr risco de ser retirado da Câmara.