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Economia

Terras raras, EUA, China, Brasil e as teorias da conspiração

Em meio às notícias sobre terras raras, proliferam teorias da conspiração, agora envolvendo o encontro de Lula com Trump

Administração

 
 
CBN 
Foto-MSN

As terras raras constituem um grupo de elementos químicos essenciais para a tecnologia da informação e equipamentos voltados para a transição energética. Elas são necessárias à produção de circuitos eletrônicos, baterias, smartphones, notebooks, TVs, geradores eólicos, sistemas fotovoltaicos e veículos elétricos. O valor estratégico desses elementos, nas dimensões econômica e geopolítica, decorre da ausência de alternativas equivalentes.

 
 
Recentemente, Pequim fortaleceu o controle regulatório sobre o comércio internacional de terras raras, instituindo a obrigatoriedade de licenciamento governamental para que empresas estrangeiras possam exportar equipamentos ou componentes contendo terras raras originárias da China ou produzidas com tecnologia chinesa.

Como decorrência da guerra das tarifas, esse foi um duro golpe que a China aplicou aos EUA, ao evidenciar que ela tem um poder que pode afetar diretamente várias empresas americanas de alta tecnologia.

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Em meio a esse cenário, o encontro entre Lula e Trump passa a ser palco de teorias da conspiração que podem ser resumidas da seguinte forma: como o Brasil detém a segunda maior reserva mundial de terras raras, o acesso rápido e fácil a esses recursos serviria como contrapartida à redução das tarifas impostas ao país.

 

Vale lembrar, porém, que a concessão de autorização de lavra pela Presidência da República está sujeita a um procedimento legal: é necessária a observância de todas as etapas técnicas e legais previstas no Código de Mineração e na Constituição, não podendo ser feita de ofício. Em resumo, essa concessão não é um ato discricionário do Presidente.

É claro que, do ponto de vista estratégico, a negociação entre Lula e Trump poderá considerar o tema das terras raras, inclusive com a possibilidade de estabelecimento de parcerias estratégicas entre os dois países. Mas a concessão simples e direta de reservas existentes não poderá ser feita, é importante ressaltar.

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