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‘Se precisar, peça ajuda!’

Setembro Amarelo começa com conscientização e prevenção ao suicídio

Slogan desta edição do Setembro Amarelo repete o da campanha do ano passado: ‘Se precisar, peça ajuda!’

 

O amarelo é a cor que dá o tom deste mês de setembro, em alerta para um tema delicado e importante, há 20 anos tratado em campanha que alcança de norte a sul do Brasil.

Dedicado à prevenção ao suicídio, o “Setembro Amarelo” é uma oportunidade para o olhar preventivo, de cuidado e atenção, como explica a psiquiatra Sandra Peu, representante da Associação Brasileira de Psiquiatria.

“Essa campanha visa ajudar a população a identificar fatores de risco e fatores de proteção para o suicídio, identificar situações em que há risco iminente e orientar como buscar ajuda para que evite esse suicídio”.

A psiquiatra detalha que, em geral, a pessoa em risco de tirar a própria vida apresenta alguma doença mental, que pode ter entre os sinais a mudança de comportamentos. 

“As pessoas que mais frequentemente estão em risco de suicídio são as que tem transtornos do humor, depressão, transtorno afetivo bipolar. Depois, esquizofrenia, transtornos de personalidade e outras circunstâncias. Vamos focar principalmente na situação de humor, mudança de comportamentos, mudança de autocuidado, desesperança, desespero, falta de perspectivas, sensação de culpa, queda do dinamismo, menos força para fazer as atividades do dia a dia, prejuízo de atenção e memória, alterações de sono e vigília, alterações de apetite, perda do hedonismo, não tem mais capacidade de sentir prazer como sentia antes, obviamente tristeza ou então euforia, ou estados mistos, em que a tristeza e a euforia acabam se apresentando simultaneamente ou em ciclos muito rápidos”.

Apenas um médico, de preferência psiquiatra, tem condições de avaliar o risco de suicídio, segundo Sandra Peu. 

“A pessoa que quer morrer pode falar que quer morrer, ela pode expressar que quer morrer. Se a gente tem essa clareza, se não bastou uma observação dessas alterações de comportamento, de conteúdo de pensamento, ela diz claramente que quer morrer, não vacile, leve para o atendimento médico de urgência e emergência, para que ela seja avaliada por um médico”.

Além disso, há situações de parassuicídio, que são comportamentos em que a pessoa se coloca em risco de forma voluntária, explica a representante da Associação Brasileira de Psiquiatria. 

“As pessoas quando estão esvaziadas do desejo de vida e ainda vinculam-se a essa ambivalência: Desejo morrer, não desejo morrer. E não tiveram um impulso para a morte, em si, pela tentativa em si, essa pessoa pode começar a ter estratégias de se colocar em alto risco para a morte. Exposições ao risco de morte, disposição à autolesão, que não é uma coisa objetiva e clara para a morte, mas que a intenção de alguma maneira é morrer”.

O slogan desta edição do Setembro Amarelo repete o da campanha do ano passado: “Se precisar, peça ajuda!”. É um chamado a todos que necessitam de cuidado e atenção, e sequer coragem de buscar. 

Além das unidades de saúde, o CVV, Centro de Valorização da Vida, é um serviço voluntário de apoio emocional e prevenção ao suicídio para quem precisa conversar. O atendimento, em todo o país, é 24 horas, pelo telefone 188. Mas se o caso for de alto risco de morte, é necessário ligar para o Samu, no telefone 192.

Perguntas e respostas

O que é o Setembro Amarelo?

Setembro Amarelo é uma campanha que ocorre há 20 anos no Brasil, dedicada à prevenção do suicídio. O mês é marcado pela cor amarela, simbolizando a conscientização sobre esse tema delicado e importante.

Qual é o objetivo da campanha?

A campanha visa ajudar a população a identificar fatores de risco e proteção para o suicídio, reconhecer situações de risco iminente e orientar sobre como buscar ajuda.

Quais são os sinais de risco de suicídio?

Pessoas em risco geralmente apresentam doenças mentais, como transtornos do humor, depressão e esquizofrenia. Sinais incluem mudanças de comportamento, falta de autocuidado, desesperança, alterações de sono e apetite, e perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas.

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