O governo federal ainda não definiu data nem logística para o ressarcimento dos aposentados e pensionistas que tiveram valores descontados indevidamente em um esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A fraude envolveu associações de convênios que cadastravam beneficiários sem autorização e realizavam cobranças ilegais.
Nesta terça-feira (6), houve uma reunião no Palácio do Planalto para discutir o plano de ressarcimento. No entanto, o encontro terminou sem anúncios oficiais sobre o tema. Uma nova reunião está marcada para esta quarta-feira (7).
Nos bastidores do governo, discute-se a possibilidade de utilizar recursos públicos para garantir o pagamento aos prejudicados, já que as apreensões e bloqueios realizados até agora podem não ser suficientes para cobrir todo o rombo.
O que já se sabe?
De acordo com o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, o ressarcimento será feito diretamente na conta onde os beneficiários recebem os pagamentos previdenciários.
"Será feito via benefício, via conta do benefício. Nada de PIX, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco", afirmou Waller em entrevista à CBN.
O governo optou por utilizar uma folha suplementar — que é uma folha de pagamento adicional — para garantir que os valores sejam depositados na mesma conta onde o aposentado ou pensionista já recebe o benefício.
"Da mesma conta que ele recebe o seu benefício previdenciário, vai ser depositado. Por isso eu peço: não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade", alertou Waller.