Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
Foto-EBC
O União Brasil decide nesta quarta-feira (8) o destino do ministro do Turismo, Celso Sabino, que deveria ter deixado o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última semana. Ele já entregou uma carta de demissão a Lula, mas segue à frente da pasta.
Sabino é filiado ao partido e sofre pressão para desembarcar do Executivo desde o começo de setembro, quando o União Brasil e o PP decidiram pela saída do governo de todos os filiados das duas legendas no prazo de 30 dias.
Na última sexta-feira (3), a sigla iniciou o processo de expulsão do ministro. Às 10 horas desta quarta, a Executiva Nacional do partido se reúne em Brasília para dar um veredito.
Na reunião, os dirigentes da legenda também vão analisar um pedido de intervenção no Diretório do Pará, hoje presidido pelo ministro do Turismo.
Sabino vem tentando articular a permanência no governo desde que o União Brasil decidiu romper com o governo Lula. O ministro é o principal organizador da COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA), estado pelo qual foi eleito deputado.
O evento pode colocar Sabino em evidência para as eleições do ano que vem.
Carta de demissão
Em 26 de setembro, Sabino entregou uma carta de demissão a Lula, mas recebeu do presidente o pedido para ficar no governo mais uma semana, a fim de acompanhar o petista em visitas às obras da COP30 e para o anúncio de entregas no Pará.
Mesmo ao anunciar que apresentou a carta de demissão, Sabino confessou à imprensa que a vontade dele era de continuar no governo.
“A minha vontade é continuar o trabalho que venho fazendo. Hoje entreguei a carta de demissão ao presidente, recebi esse pedido [do Lula], e o presidente foi muito cortês. Vou seguir conversando com as lideranças do meu partido apresentando as razões que eu tenho apresentado [para continuar no cargo]”, disse, na ocasião.