Deliamdson Milton da Silva, acusado de ofender e assediar a deputada estadual Janaina Riva (MDB) nas redes sociais, admitiu ao HNT, nesta sexta-feira (7), que se arrependia do conteúdo do áudio compartilhado ontem (6). Porém, ele acusou, sem indicar nomes, que "estão usando a situação para se autopromoverem".
Deliamdson, que teve a demissão formalizada da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) após a repercussão do caso, defendeu que sua fala, embora infeliz, está sendo explorada politicamente.
VERSÃO DO ACUSADO
“Como que eles estão usando uma fala infeliz minha para se auto-promoverem. Porque, no meu ver, tudo bem, eu cometi uma fala que foi muito infeliz. Até me retratei hoje de manhã, em uma entrevista, aqui em Rondonópolis.”
Deliamdson alegou que o caso virou um "palco político" para enfraquecer aliados do prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira (PL):“Me retratei veementemente com a deputada, falei que foi uma fala infeliz, certo? Mas eles estão usando isso como palco político agora, tá? Não estão com dó do que aconteceu com a deputada. Estão usando isso para fazerem politicagem, né? Destruir a minha imagem, tentar afetar o prefeito Cláudio Ferreira. [...] a sua esposa, a primeira-dama Alessandra Ferreira, que é candidata a deputada nas próximas eleições, eles estão querendo enfraquecer. E aí, infelizmente, esse áudio que eu fiz para um rapaz que se diz ser assessor da Janaina, que é meu amigo há mais de seis anos, foi um prato cheio para isso.”, alegou. (OUÇA O ÁUDIO AO FINAL).
MEDIDA PROTETIVA
Na manhã desta sexta-feira, a Justiça deferiu o pedido da deputada Janaina Riva e concedeu a ela medida protetiva contra Deliamdson, a quem a parlamentar acusa de importunação sexual e injúria.
A medida protetiva em favor da deputada determina, entre as imposições imediatas, a restrição de aproximação, proibição de contato e suspensão de porte de arma do agressor. A decisão, proferida pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, do plantão criminal de Cuiabá, destaca que o caso ultrapassa o limite de uma ofensa individual e se enquadra no contexto de violência estrutural contra mulheres em espaços de poder.
Segundo a decisão judicial, o conteúdo do áudio evidencia “constrangimento e humilhação pública” com o claro objetivo de macular a imagem da parlamentar e atingir sua dignidade, enquadrando-se como violência psicológica e moral prevista no artigo 7º da Lei Maria da Penha.

















