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Política Sexta-feira, 02 de Maio de 2025, 15:40 - A | A

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Partido dos Trabalhadores

Rachas e dissidências: eleição para presidente do PT é marcada por embates

Eleição para presidente nacional do partido ocorre em 6 de julho

 

Redação Terra

Foto-PT
O Partido dos Trabalhadores (PT) já tem três nomes com candidaturas registradas para disputar a presidência nacional do partido: Valter Pomar, Romênio Pereira e o deputado federal Rui Falcão. Ao Terra, o partido confirmou que há também como candidatos os nomes de Edinho Silva e Washington Quaquá, no entanto, os dois ainda não registraram a candidatura, portanto, não estão oficialmente disputando a eleição. 

O último a formalizar a candidatura foi o deputado Falcão, na última sexta-feira, 25, após ter oficializado a sua campanha em meados de abril, durante um evento no centro de São Paulo, onde conseguiu apoio de dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). 

 

Apesar dos cinco nomes, esse número ainda pode aumentar, já que o prazo de inscrições foi prorrogado para 19 de maio, com 1º turno marcado para ocorrer em 6 de julho e o segundo, em 20 de julho. 

O Processo de Eleição Direta (PED) deste ano é marcado por um racha deflagrado pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT, pois uma ala desse grupo --a mesma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-ministro José Dirceu-- não aceita a candidatura do ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho, nome indicado pelo mandatário para presidir o partido. Portanto, não há consenso sobre quem irá representar a CNB.

A corrente está em uma disputa pelo controle de algumas das secretarias internas do partido, como as de finanças e de comunicação, e até envolve denúncias de abuso do poder econômico, uma prática condenada pela sigla. Conforme o Poder 360, Edinho Silva quer indicar nomes para essas áreas caso seja eleito, enquanto a dissidência da corrente, que é ligada a ex-presidente do partido e atual ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, prevê manter o controle sobre as pastas. 

Após anunciar oficialmente sua candidatura, Falcão afirmou que “não é contra Edinho e nem contra Lula” e um exemplo disso seria estar empenhado na reeleição do presidente da República em 2026. “Mas queremos uma reconexão com a nossa base social. O PT não pode ser um partido só de parlamentares, tendências e chefes do Executivo”, disse o deputado.

Todo o debate gira em torno da relação do partido com o governo, pois Edinho estaria fazendo sinalizações abertas à coalizão do governo, inclusive, relacionadas a partidos de centro-direita. Enquanto isso, os demais adversários apontam a necessidade do PT ter protagonismo e ser mais independente.  

Enquanto um novo presidente não é eleito, o comando do partido está, interinamente, com o senador Humberto Costa (PE), alinhado à dissidência da CNB que é contra a disputa de Edinho. Ele assumiu após Gleisi Hoffmann, que esteve à frente do PT entre julho de 2017 e março de 2025, ir para o Ministério de Relações Internacionais. 

Quem são os candidatos oficiais:
Valter Pomar: dirigente da corrente Articulação de Esquerda, alinhada à ala mais à esquerda do partido e diretor da Fundação Perseu Abramo. Ele é militante do PT; 
Rui Falcão: ex-presidente do PT, entre 2011 a 2017, e deputado federal. O candidato tem apoio do MST e da corrente Democracia Socialista; 
Romênio Pereira: atual secretário de Relações Internacionais do PT, da corrente Movimento PT, e dirigente do partido. Ele possui apoio de dirigentes locais, como na região Norte.
Candidatos que ainda não tiveram candidatura oficializada:
Edinho Silva: ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma Rousseff e ex-prefeito de Araraquara (SP). Ele está pela corrente CNB, que conta com apoio de Lula;
Washington Quaquá: ex-deputado federal e prefeito de Maricá (RJ). Já foi vice-presidente do PT, e entra na disputa na corrente CNB. 

Como funciona o processo eleitoral para presidente do partido
Quem pode se candidatar?
Todos os filiados ao PT podem se candidatar ao PED, desde que tenham suas filiações registradas no sistema até o dia 28 de fevereiro de 2025. Para a eleição, serão escolhidos presidentes representantes do nacional, além do estadual e municipal. 

O que ocorre durante a campanha?
São realizadas discussões políticas internas, com debate nos municípios, estados e também nacionalmente, com a presença dos candidatos e de representantes das chapas concorrentes.

Quem pode votar?
Todos os afiliados que também tenham as filiações registradas até o último dia de fevereiro. 

Que dia ocorrerá a votação
O primeiro turno está marcado para o dia 6 de julho de 2025, das 9h às 17h, de acordo com o horário de cada região do país. O voto é secreto. Já o segundo turno ocorre em 20 de julho.

Qual a duração dos mandatos?
O mandato dos membros efetivos e suplentes das direções partidárias, dos Conselhos Fiscais e das Comissões de Ética será de 4 anos. As direções deverão ter paridade de gênero, ou seja, devem ser compostas por 50% de mulheres e 50% de homens.

(*Com informações do Estadão)

Fonte: Redação Terra

 

 

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