Recém-nascidos e sem capital financeiro no Estado, a facção criminosa ‘Tropa do Castelar’ buscava se estruturar e expandir através do comércio de armas. O grupo é composto por membros dissidentes do Comando Vermelho, que estavam descontentes com punições aplicadas pelas lideranças.
A Tropa do Castelar foi absorvida pelo Primeiro Comando Capital (PCC), inimigos do Comando Vermelho. Eles foram alvo da Operação Yang, deflagrada pela Polícia Civil, na quinta-feira (3), com o objetivo de desarticular o grupo.
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A apuração, conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), identificou a negociação e compra de armas e munições de diferentes calibres, ficando clara a atuação de integrantes do grupo com o fornecimento do material de forma ilícita.
Dentre as armas relacionadas ao grupo criminoso estão armas de grosso calibre, como fuzil 762, que pode chegar a custar R$ 45 mil. O armamento foi utilizado para ameaçar membros do CV. Inclusive, foi através do fuzil que os policiais conseguiram solucionar os homicídios de Gelson da Silva, de 23 anos, e Lucas da Silva Chaves, 21 anos, ocorrido em novembro de 2023, no município.
À ocasião, quatro ‘castelares’, munidos com dois fuzis e duas pistolas, dispararam contra Gelson e Lucas, que integravam o CV. Outras duas pessoas ficaram feridas no atentado.
Além da venda de armas, para se fortalecer, a Tropa do Castelar visava eliminar os rivais, a quem se referiam como ‘lixo’.
O delegado da GCCO responsável pelas investigações, Antenor Pimentel Marcondes, destacou que as investigações apontaram o envolvido da facção em diversos crimes graves ocorridos em Sorriso, como o duplo homicídio, ocorrido em retaliação ao grupo criminoso rival, assim como possíveis ataques que os criminosos pretendiam realizar na região.
“Com a operação foi possível não só identificar integrantes do grupo e desarticular a organização criminosa, como também evitou que outros possíveis crimes graves, como ataques a bancos, caixas eletrônicos e comércios ocorressem, assim como outros homicídios na região”, disse o delegado.