O primeiro-suplente do PT na Assembleia Legislativa (ALMT), Henrique Lopes, não descartou ao HNT TV Entrevista uma eventual aliança do partido com o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e o ex-senador Pedro Taques (PSB). Henrique citou a união do presidente Lula (PT) com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) - ex-tucano e oposição ao petista - ao afirmar que na política "tudo é possível". O suplente ressaltou que o PT pode até vetar nomes, mas não está em posição de recusar partidos.
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"Tudo é possível. Dizem que na política tudo é possível. Quem diria, por exemplo, que o atual vice-presidente da República pudesse estar no arco de alianças com o presidente Lula", disparou Henrique Lopes.
A política está bastante polarizada no país, não dá para dizer com segurança que dessa água eu não bebo
Em Mato Grosso o MDB e o PSB tem alas vinculadas à esquerda e direita. A orientação depende da cidade em que o diretório está e quem é a liderança partidária de maior influência.
Na Capital, por exemplo, o deputado federal Emanuelzinho (MDB), vice-líder de Lula em Brasília, e seu pai, Emanuel Pinheiro, têm peso decisivo nas articulações. Ambos estão voltados à esquerda. Já, no diretório estadual, presidido até agosto pelo ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB), o partido está mais à direita por compor a base do governador Mauro Mendes (União Brasil), que já foi próximo a Lula, mas agora é apoiador de primeira ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O mesmo acontece no PSB. O partido, antes comandado no estado pelo presidente da AL, Max Russi (PSB), também está dividido em duas alas. O grupo próximo ao ex-prefeito de Rondonópolis, Zé do Pátio (PSB), dialoga com a esquerda. Pátio, inclusive, é próximo as lideranças do PT em Mato Grosso e articulava com o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) uma chapa unindo nomes para representar a esquerda. Enquanto, em Cuiabá, os vereadores do PSB, Ilde Taques e Katiuscia Mantelli, estão mais próximos à direita na Câmara que tem maioria bolsonarista entre os parlamentares eleitos.
"Como a política está bastante polarizada no país, não dá para dizer com segurança que dessa água eu não bebo porque talvez no processo eleitoral você precisa de fazer acordos, fazer certas alianças", explicou o suplente.
"Então, eu creio que essas questões serão colocadas no jogo na hora que a gente for fazer as composições eleitorais", concluiu Henrique.
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