O Partido Liberal (PL) em Mato Grosso decidiu não convocar manifestações de rua em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso no último sábado (22), seguindo a estratégia adotada pelo diretório nacional da legenda. A sigla se limitou a emitir comunicado nas redes sociais e concentrar seus esforços na pressão política em Brasília.
O presidente estadual do PL, Ananias Filho, confirmou ao HNT nesta segunda-feira (24) que não haverá protestos, a exemplo dos grandes atos que mobilizaram a base bolsonarista nos últimos anos. O objetivo estratégico do PL parece ser usar o capital político da prisão do principal líder da extrema-direita no país, para garantir a aprovação de uma lei que neutralize as condenações do núcleo duro do movimento.
ARTICULAÇÃO
A prisão de Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos e que estava em prisão domiciliar até tentar violar a tornozeleira eletrônica, intensificou o foco da bancada bolsonarista no Congresso Nacional em um projeto de lei que visa a Anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, o que incluiria o ex-presidente.
De acordo com a imprensa naciona, ainda nesta segunda-feira, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, vai se reunir com a bancada do partido no Congresso para debater a estratégia política e o projeto de anistia, que também é chamado por uma ala de 'dosimetria'.
O relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) defende uma versão que trata apenas do cálculo das penas, sem anistia ampla, como querem os bolsonaristas.
Enquanto a ala bolsonarista mantém a defesa da Anistia total, conforme endossou o deputado federal Nelson Barbudo (PL), atualmente afastado por saúde. "O projeto sempre foi pela Anistia total, por que agora não seria?".
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL), um dos principais expoentes da direita em Mato Grosso, confirmou o alinhamento total com a cúpula.
"Estamos seguindo todas as instruções dos representantes diretos do presidente que são seus filhos e do partido a nível nacional. A orientação é seguir firme e juntos uns com os outros," contou Cattani, indicando que a ação se concentra na mídia e nas manifestações em Brasília.
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