A vereadora Michelly Alencar (UB) fez críticas à condução do União Brasil em Mato Grosso ao apontar a falta de diálogo entre os dirigentes e os filiados. Embora tenha negado que suas declarações fossem direcionadas ao governador Mauro Mendes, que preside a sigla no estado, as cobranças recaíram sobre a forma como o União Brasil tem sido conduzido tanto no diretório estadual quanto nos regionais.
Michelly, que está em seu segundo mandato, ressaltou que sempre foi fiel ao partido desde 2020, mas afirmou que a legenda não tem dado respostas claras sobre temas importantes, como a formação de chapas para as eleições de 2026.
“Estamos às vésperas de uma eleição estadual, federal e legislativa e a gente não tem diálogo dentro do partido. Não temos posicionamento claro sobre formação de chapas, sobre quem permanece, principalmente no caso de mandatos em curso. Não falo só de mim, mas também dos filiados do interior. Falta diálogo e isso prejudica o partido”, disse.
Apesar das críticas, a vereadora elogiou o esforço do deputado estadual Dilmar Dal Bosco e do senador Jayme Campos, que, segundo ela, têm se mostrado abertos ao diálogo e à transparência. “São os únicos dois que tentam manter esse contato”, afirmou.
Ao ser questionada se a dificuldade de comunicação se estende diretamente ao governador Mauro Mendes, Michelly preferiu dividir a responsabilidade. “Não atribuo a uma pessoa, porque o diretório não é feito de uma só pessoa. Mas se queremos continuar como protagonistas, precisamos melhorar o diálogo interno”, destacou.
A vereadora concluiu defendendo que o União Brasil, que hoje ocupa cargos estratégicos em Mato Grosso e no cenário nacional, não pode se sustentar sem ampliar a participação de seus membros. Questionada se falta “união” no União Brasil, ela sorriu e respondeu: “pode ser, sim”.
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