O governador Mauro Mendes (União Brasil) reiterou que vai migrar os atendimentos da Santa Casa de Cuiabá para o Hospital Central. Mauro reconheceu a competência dos profissionais da unidade de saúde, mas apontou ser inviável manter o prédio apenas por "valor sentimental". A previsão do governador é entregar o Hospital Central até novembro à Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. O novo hospital terá capacidade para realizar uma média de 32 mil consultas médicas, 80 mil exames e 6.500 cirurgias por ano.
"O governo já disse que tem algumas estratégias. Os serviços que estão lá vão ser migrados para aqui (Hospital Central). É igual você morar em uma casa velha e dizer: 'não, vou mudar por uma casa nova, mas tenho um valor sentimental por aquela casa e vou morar nas duas'. Quem faria isso?", questionou Mendes nesta terça-feira (16).
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Mauro foi internado na Santa Casa ao cair de plataforma de três metros no Parque Novo Mato Grosso em 31 de agosto. Foi no hospital que identificaram as fraturas em quatro costelas. Mendes disse que foi até a Santa Casa por conhecer sua estrutura e saber que encontraria os equipamentos necessários e profissionais capacitados, mas acentuou que a experiência pessoal não muda sua opinião sobre o fechamento.
"Não mudou. Eu fui lá porque tinha e tenho confiança na Santa Casa. Fui porque tinha que fazer o exame para saber se tinha quebrado alguma coisa. Existia uma suspeita e começou a me dar dor. Eu sabia que lá teria um equipamento de tecnologia e profissionais a altura, meia hora depois estava com o exame realizado e, infelizmente, identificaram que tinha quatro costelas quebradas. Mas o meu conceito sobre a Santa Casa sempre foi bom", falou Mauro Mendes.
LEILÃO
A Santa Casa vai à leilão para que o dinheiro obtido com a venda seja utilizado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para o pagamento de dívidas trabalhistas. Conforme o TRT, o hospital está avaliado em R$ 70 milhões. O valor devido a ex-funcionários é estimado em R$ 48 milhões, com correção anual de cerca de R$ 7 milhões pela taxa Selic.
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), sinalizou o interesse de pleitear a administração da Santa Casa, porém, foi desencorajado pela ex-secretária de Saúde, Lúcia Helena Barboza Sampaio, devido às reformas demandadas, além dos gastos com funcionários.
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