A intensa disputa pelas duas vagas ao Senado Federal em 2026 seria fator descisivo para o senador Jayme Campos (UB) se manter firme como pré-candidato ao Executivo. Segundo o deputado estadual Júlio Campos (UB), irmão e aliado político de primeiro ordem do senador, Jayme tem mais chances em uma candidatura ao Governo de Mato Grosso do que em buscar a reeleição no Senado.
“É mais que possível. É mais fácil ser candidato a governador. A perspectiva de uma campanha para governador é muito melhor do que para o Senado”, afirmou Júlio.
O deputado argumenta que o cenário para o Senado está “congestionado”, com pelo menos seis pré-candidatos de peso interessados nas duas vagas que estarão em disputa em 2026. Entre os nomes mencionados estão: o atual governador Mauro Mendes (UB), o senador e ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD), a deputada estadual Janaína Riva (MDB), o deputado federal José Medeiros (PL), o empresário Antônio Galvan (DC) e o ex-governador Pedro Taques (PSD).
Para Júlio Campos, a disputa para o governo estadual, apesar de igualmente competitiva, oferece melhores condições estratégicas: “Para o Governo só tem três ou quatro nomes. É uma eleição com segundo turno, o que aumenta as chances de vitória. Já o Senado é decidido no primeiro turno e os dois mais votados vencem”, explicou.
RACHA NO UB
No início desta semana, o União Brasil (UB) sinalizou uma nova tentativa de diálogo entre os grupos políticos liderados por Jayme Campos e Mauro Mendes. A expectativa de alinhamento para uma estratégia conjunta visando as eleições de 2026 foi frustrada mais uma vez, e o encontro acabou evidenciando ainda mais o racha interno no partido.
De um lado, os apoiadores de Campos defendem abertamente o nome do senador como candidato ao Governo. Do outro, os aliados do governador seguem firmes no apoio à pré-candidatura de Otaviano Pivetta (Republicanos), atual vice-governador.
Apesar das movimentações e articulações eleitorais, Jayme ainda tem quatro anos de mandato no Senado Federal, o que lhe garante espaço político mesmo sem uma candidatura em 2026. Situação semelhante vive o senador Wellington Fagundes (PL), também cotado como possível nome para disputar o governo, e cujo mandato vai até 2030.
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