O senador Jayme Campos (União Brasil) afirmou que o presidente Lula (PT) "aceitou em cheio" ao vetar o projeto de lei complementar (PLP) 177/23 que regulamenta a ampliação do número de deputados federais de 513 para 531. Jayme destacou ter votado contra o PLP no Senado e garantiu que optará pela permanência do veto quando a matéria chegar para apreciação do Congresso. De acordo com o senador é um "escárnio" o aumento do gasto público que as 18 novas cadeiras demandariam.
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"Acertou em cheio. Sou contra. Votei contra. Não sou favorável em nada disso. A decisão já está tomada. Vou votar no veto pois é um escárnio criar mais vagas. Chega. O Brasil não aguenta mais esses encargos pois quem paga a conta é o trabalhador que vai mandar mais dinheiro para pagar o aumento de vagas", falou Jayme Campos nesta sexta-feira (18).
A estimativa é que as 18 cadeiras custariam R$ 65 milhões à Câmara dos Deputados. O orçamento dos estados também seria impactado, uma vez que as Assembleias Legislativas de regiões com aumento do número de habitantes comprovado por meio do Censo 2022 estariam autorizadas a criar novas vagas. A média de custos seria de R$ 2 milhões por mês à R$ 22 milhões por ano.
"Tudo o que aumenta despesa é custo. Quem paga custo é quem trabalha, quem gera emprego, é o trabalhador mais humilde", rechaçou Jayme.
O senador ainda criticou o fundo partidário. Nas últimas eleições, em 2024, o Congresso liberou o empenho de R$ 4,9 bilhões do orçamento da União aos partidos. A proposta original encaminhada pelo Executivo ao Congresso era de R$ 939 milhões.
"Sou contra fundo partidário. Esse dinheiro sai do imposto que pagamos que poderia ser revertido em saúde, educação, segurança pública, mas vai pra fundo partidário", detonou Jayme.